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Ricardo Salgado: “Nunca na vida corrompi ninguém”

“Nunca na vida corrompi ninguém”, garantiu Ricardo Salgado, nas primeiras declarações que fez desde que foi noticiado que Manuel Pinho recebeu verbas de uma empresa que funcionava como “saco azul” do GES, enquanto exercia as funções de ministro.
30 Abril 2018, 19h12

O antigo líder do Grupo Espírito Santo (GES) e do banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, recusou esta segunda-feira a ideia de ter corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e considerou que o processo da EDP, no qual foi constituído arguido, “não tem pés, nem cabeça”.

“Nunca na vida corrompi ninguém”, garantiu Ricardo Salgado, nas primeiras declarações que fez desde que foi noticiado que Manuel Pinho recebeu verbas de uma empresa que funcionava como “saco azul” do GES, enquanto exercia as funções de ministro.

Salgado falava à saída Tribunal da Supervisão e Concorrência de Santarém, que confirmou a condenação no processo que lhe foi movido pelo Banco de Portugal, obrigando-o ao pagamento de 3,75 milhões de euros e inibindo-o de exercer cargos na banca durante 8 anos.

A defesa de Ricardo Salgado — conduzida por Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce – já disse que vai recorrer da decisão. “Analisada a decisão vamos recorrer”, disse Francisco Proença de Carvalho aos jornalistas, à saída do tribunal.

Ricardo Salgado já tinha afirmado o mesmo quando foi acusado de corrupção no processo conhecido como “Operação Marquês” e repete o mesmo esta segunda-feira, 30 de abril. “Mantenho em absoluto o que disse nessa altura”, afirmou, em Santarém.

Questionado sobre se o mesmo se aplicava ao processo conhecido como “caso EDP”, garantiu que sim. “Completamente, todos os processos”, disse.

Questionado, pelos jornalistas, sobre a sua percepção, em particular do “caso EDP”, no qual foi constituído arguido, responde: “Este caso em particular, para mim não tem pés nem cabeça”.

Ricardo Salgado foi constituído arguido no “caso EDP” a 20 de abril, por suspeita do pagamento de “luvas” de mais de um milhão de euros para uma offshore do antigo ministro da Economia Manuel Pinho, como noticiou o Jornal Económico.

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