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Rui Garcia: “Empresas que exportam são mais resilientes, saudáveis e competitivas”

Para Rui Garcia, Trade Finance Product Manager do Crédito Agrícola, “estamos a tornar-nos um país cada vez mais exportador, mais ágil e aberto aos mercados internacionais e essas empresas têm provado, para nós banca, serem as mais resilientes, saudáveis, robustas e mais competitivas”. Ideia foi expressa esta quarta-feira no evento do JE “Rota do Crescimento”.
12 Fevereiro 2025, 18h11

As empresas com um cariz exportador têm, na visão dos bancos portugueses, características que as tornam mais resilientes, saudáveis e competitivas. A visão foi partilhada por Rui Garcia, Trade Finance Product Manager do Crédito Agrícola, esta quarta-feira, em Braga, na primeira paragem do ciclo de conferências do JE, “Rota do Crescimento”.

Braga recebe o primeiro evento da Rota do Crescimento, um novo projeto do Jornal Económico, que irá reunir decisores políticos, associações e empresários, para discutir os apoios às pequenas e médias empresas, neste percurso que une várias cidades do país.

Este é um projeto inovador de partilha de informação que servirá, certamente, para criar sinergias entre os vários players económicos e que conta com o apoio da Sabseg, Crédito Agrícola, Yunit e InvestBraga.

Apesar do dinamismo reconhecido ao mercado português, este responsável do Crédito Agrícola vê neste ecossistema muitas limitações que fazem com que as empresas “procurem a internacionalização para ganhar escala e dimensão, para poderem desenvolver, crescer e serem mais resilientes”.

“Muitas vezes encaramos a internacionalização como um modelo complexo mas são processos de aprendizagem, e internacionalizar é um motor da economia nacional, seja para estabelecer-se como filiais, seja nas parcerias locais na exportação pura. Este é o futuro, é a realidade do nosso país”, sublinhou Rui Garcia.

O Trade Finance Product Manager do Crédito Agrícola recordou que “a crise económica levou a que as empresas tivessem que olhar para o mercado internacional” e que atualmente, essa “é uma necessidade estrutural, é uma constante que as empresas o façam, não só para o mercado europeu mas também para mercados emergentes”.

Facultando alguns números sobre o crescente peso das vendas internacionais na economia nacional, Rui Garcia traçou uma comparação entre 2021 e 2024 e fez ainda uma perspectiva para o futuro próximo: “Em 2021, as exportações tinham 41% na economia nacional e em 2024, as exportações superaram as importações. E as previsões é que as exportações cresçam mais de 3% entre 2025 e 2026”.

Para este responsável, “estamos a tornar-nos um país cada vez mais exportador, mais ágil e aberto aos mercados internacionais e essas empresas têm provado, para nós banca, serem as mais resilientes, saudáveis, robustas e mais competitivas”.

E como é que as PMEs podem chegar a este patamar de internacionalização? Antes de mais, defende este responsável do Crédito Agrícola, “têm de mudar a sua realidade para ir ao mercado”, sendo que os cuidados a ter “passam pela análise e estudo aprofundado da geografia onde se vão inserir para que não tenham surpresas desagradáveis”.

Entre essas surpresas indesejáveis estão “custos de implementação, adaptação do produto à realidade do mercado, ter cuidado com a legislação (por exemplo, a proximidade linguística às vezes pode ser uma barreira, até nas questões legais e alfandegárias). Nunca se deve menosprezar nada neste processo”, defendeu.

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