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Luís Pisco: “Gerir Covid e não Covid implica esforço de gestão”

Existem 503 camas dedicadas ao coronavírus que estão a ser utilizadas, bem como 88 doentes a ocupar camas que ainda estão à espera de diagnóstico, sendo este um valor “distante de esgotar as camas” existentes para o efeito.
Hospital de Santa Maria
9 Outubro 2020, 15h14

O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Luís Pisco, afirmou esta sexta-feira que gerir hospitais que operam com pacientes Covid e não Covid implica esforço adicionar por parte das autoridades de saúde.

“Gerir Covid e não Covid implica esforço de gestão”, apontou o responsável, na habitual conferência de imprensa que faz o ponto da situação epidemiológica do país.

Atualmente, existem 13 hospitais na região LVT o que estão na linha da frente do combate ao novo coronavírus. De acordo com o presidente da ARS, existe um total de 7.038 camas nos 13 hospitais de referência, sendo que apenas 6.330 camas “podem efetivamente ser utilizadas para tratar doentes Covid e não Covid”.

Existem 503 camas dedicadas ao coronavírus que estão a ser utilizadas, bem como 88 doentes a ocupar camas que ainda estão à espera de diagnóstico, sendo este um valor “distante de esgotar as camas” existentes para o efeito.

Por sua vez, nos cuidados intensivos existem 298 camas, sendo 200 para não Covid e 98 destinadas ao Covid, sendo que destas estão ocupadas 74, existindo ainda “margem de progressão”.

“Os hospitais estão a fazer esforço tremendo para conciliar atendimento a doentes Covid com cirurgias já marcadas”, afirmou ainda Luís Pisco durante a sua intervenção.

Com os hospitais a prepararem-se para um aumento de casos e com o plano outono/inverno a ser aplicado, Luís Pisco adiantou que existem níveis de contingência preparados. Caso seja necessário ascender ao nível um, o Governo está pronto para adicionar 169 camas, sendo que no nível dois adicionam-se 167 camas e ao nível três acrescentam-se 179, para um total de 917 camas de tratamento à Covid-19.

Também os cuidados intensivos têm um plano de contingência, caso os números ascendam a valores mais elevados. Existindo atualmente 98 camas, a ARS Lisboa e Vale do Tejo pode adicionar 29 no primeiro nível, 44 no segundo nível e 37 no segundo, sendo que no total ficam disponíveis 185 camas para o atendimento ao utente.

Questionada sobre a atividade dos hospitais, a ministra da Saúde explicou que existem outras patologias nos hospitais, e que os profissionais de saúde também têm de atender. “Quando nos perguntam porque não abrimos mais camas para Covid, nós respondemos que também temos de responder às outras patologias”, adiantou Marta Temido.

“E quando nos perguntam porque não aumentamos a atividade, nós respondemos que temos de garantir a prontidão das respostas. Este é um exercício difícil mas que está a ser feito de uma forma séria”, respondeu a ministra.

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