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Rui Rio nega intenção de “fazer cortes nas pensões”

Em mensagem publicada hoje na rede social Twitter, o líder do PSD reagiu às declarações de ontem de Jerónimo de Sousa que o acusou de querer “ressuscitar a contra-reforma de Passos e Portas de corte a eito nas pensões”.
15 Abril 2019, 15h38

“A Fundação Francisco Manuel dos Santos faz um estudo e diz que a idade da reforma poderá ter de vir a ser aos 69 anos. Vai daí, Jerónimo de Sousa não está com meias medidas e ataca-me, dizendo que quero fazer cortes nas pensões. É a tal coisa que tenho dito, nota-se falta de argumentos”, escreveu hoje Rui Rio na sua página na rede social Twitter.

O líder do PSD reagiu assim às declarações de ontem de Jerónimo de Sousa que o acusou de querer “ressuscitar a contra-reforma de Passos e Portas de corte a eito nas pensões”.

No decurso de um almoço comemorativo do 45.º Aniversário do 25 de Abril, ontem, em São João da Talha, Loures, Jerónimo de Sousa classificou como “gasto e falacioso” o discurso das reformas estruturais, seja no sistema eleitoral, justiça ou segurança social.

“Isso está bem patente nos ataques promovidos pela nova liderança do PSD à independência do poder judicial, à autonomia do Ministério Público, nos reiterados apelos a consenso para acordos de regime com o PS para alterar as leis eleitorais (…), mas também nas suas propostas de reforma do Estado e segurança social, ressuscitando a derrotada contra-reforma de Passos e Portas de corte a eito nas pensões e reformas e nas prestações sociais”, acusou então o secretário-geral do PCP.

O líder comunista enquadrou nesta “contra-reforma” o estudo sobre pensões encomendado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, publicado por diversos órgãos de comunicação social, e apresentado na sexta-feira, no qual se propõe o aumento da idade da reforma para os 69 anos em 2025, a fim de o sistema ser sustentável.

“No fim, tiram da cartola a solução de privatização com plafonamento das contribuições à medida dos interesses do capital financeiro. É isto que eles querem, o que pensam que eles queriam quando “salamizaram” o subsídio de Natal? Era precisamente para mais à frente acabarem com esse subsídio”, acusou, referindo-se ao pagamento em duodécimos daquela prestação.

Dizendo que gostaria de ver os defensores e financiadores deste estudo a trabalhar até aos 69 anos numa “fábrica têxtil ou de metalúrgicos”, Jerónimo de Sousa apontou um outro caminho.

“Há soluções para garantir a sustentabilidade da Segurança Social: ela assegura-se com uma política económica promotora de emprego e salários valorizados, assegura-se com o reforço financeiro do sistema providencial, completando o actual sistema de calculo de contribuições”, defendeu.

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