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Rui Rio: “O Governo que vier terá de ser de salvação nacional”

Líder social-democrata disse, em entrevista à RTP1, que ainda não é altura de pensar num eventual acordo para governar Portugal em tempos de crise económica. E advertiu que “não passa cheques em branco” a António Costa.
29 Março 2020, 22h38

O presidente do PSD, Rui Rio, disse neste domingo, em entrevista à RTP1, que Portugal deverá encarar a hipótese de um governo de salvação nacional, como tem sido defendido nas últimas semanas por vários quadrantes, comentando que “o Governo que vier terá de ser de salvação nacional”. No entanto, mesmo dizendo que faz sentido pensar nessa solução para enfrentar a crise económica decorrente da pandemia de Covid-19, o líder social-democrata garantiu que “tão cedo” não irá pensar nisso.

Semanas depois de dizer na Assembleia da República que o PSD seria “colaboração” e não oposição ao Executivo de António Costa, Rio advertiu que “não passará cheques em branco”, e apesar de concordar que as afirmações do ministro das Finanças da Holanda sobre as necessidades de apoio financeiro de Espanha – rotuladas de “repugnantes” pelo primeiro-ministro – “não foram aceitáveis”, acrescentou que “cometemos erros de endividamento” que os países da Europa do Norte não cometeram.

”Fragilizar o Governo neste momento é fragilizar o nosso combate”, disse ainda o líder social-democrata, sem deixar de mencionar falhas no combate à Covid-19, nomeadamente na proteção aos profissionais de saúde. Certo é que, na opinião de Rui Rio, o Estado de Emergência deverá ser renovado, permitindo conter a pandemia.

Considerando que as medidas em vigor “estão razoavelmente equilibradas” entre a prioridade de lidar com a crise de saúde pública e a manutenção de atividade económica, o presidente do PSD disse que o Estado deve garantir rendimentos às pessoas que estão impedidas de trabalhar e impedir uma quebra ainda mais acentuada na economia nacional. No entanto, referiu que deverá haver contenção nos gastos, pois “é evidente que o Estado se irá endividar brutalmente”.

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