[weglot_switcher]

Rui Silva: futuro chegou mais cedo e obriga a novos investimentos

Head of channel Education & Public Sector – Enterprise Business Group da Huawei defende que Portugal vai ter que investir fortemente na formação, capacitação e qualificação de professores e alunos para que se adaptem às novas formas de ensino em perspetiva.
14 Julho 2020, 14h15

Rui Silva, Head of Channel Education & Public Sector – Enterprise Business Group da Huawei Portugal, que na conferência protagonizava o ponto de vista o fornecedor, começou por alargar a lente à sociedade. “A primeira ilação que podemos tirar é que, de facto, não estaríamos tão preparados para uma mudança tão repentina como à partida poderíamos supor”.

Lembrou que ao longo dos últimos anos, no setor da educação foram realizados investimentos, criados programas e projetos com o objetivo de fazer não só o acompanhamento da evolução tecnológica, mas também para construir bases sólidas para aquilo que seria o ensino do futuro.

“Acontece – salientou –  que esse futuro chegou mais cedo do que todos estávamos à espera e como a chegada desse futuro numa forma mais repentina, há um fator muito importante que é o tempo ou a falta dele e que nos vai criar um desafio a todos”.

Esse desafio traduz-se em necessidade de novos investimentos. O responsável da Huawei especificou: “novos investimentos, não só em novas infraestruturas mas também em infraestruturas complementares àquelas que já foram adquiridas. Face a esta nova realidade, a esta mudança do paradigma de ensino, vamos ter que investir fortemente outra vez na formação, na capacitação e na qualificação dos  professores e dos alunos para que eles se adaptem a esta novas formas de ensino que se perspetivam”.

A necessidade cria uma oportunidades para as instituições e para as empresas, sintetizou.

Falar da evolução da infraestrutura tecnológica é também falar de ‘smart campus’. O conceito não é novo, mas o que quer dizer, afinal? Rui Silva explicou esta terça-feira na conferência promovida pelo Jornal Económico e pela Huawei: “não é mais do que a capacidade de recolher, interpretar e utilizar dados para melhorarmos a experiência dos alunos nas instituições de ensino, da mesma forma que também vai permitir uma gestão mais eficaz, não só das infraestruturas dessa instituição de ensino, mas também dos serviços que pode entregar aos alunos”.

A evolução a que se assiste prende-se, portanto, com a capacidade de recolher esses mesmos dados “de forma mais rápida e eficaz e ao mesmo tempo”, salientou.

Mas como pode a tecnologia melhorar a experiência do aluno e do professor no ‘smart campus’? O head of channel Education & Public Sector – Enterprise Business Group da Huawei Portugal propõe o seguinte exercício: imagine um aluno com o seu dispositivo móvel, ‘smartphone’, ‘tablet’ ou computador portátil, que neste exato minuto,  quer saber saber, por exemplo, qual é o estado de ocupação do refeitório, ou o comportamento da taxa de ocupação na última semana. O mesmo aluno também pretende requisitar determinado livro e quer saber se estará disponível e, não estando, quer reservá-lo e receber um alerta na altura em que estiver…

Quando falamos de exemplos como estes, falamos de ‘smart campus’. Uma realidade que também se estende à área da gestão e a impacta. “Tem tendência a ter custos operacionais mais baixos, desde logo, pela eficiência energética que vai estar associada a toda a infraestrutura, nesse sentido, será redimensionada, mas também na optimização dos serviços recorrentes como a secretaria.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.