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Rússia: 40% dos negócios são feitos com rublos após sanções do Ocidente

Segundo o presidente russo, as sanções ocidentais tornaram a Rússia ainda mais autossuficiente, tendo o consumo privado e investimento interno permanecido resilientes.
Russian President Vladimir Putin delivers a video address on the occasion of Youth Day in Moscow, Russia, in this picture released June 24, 2023. Sputnik/Gavriil Grigorov/Kremlin via REUTERS
8 Junho 2024, 22h45

Desde o início da invasão da Ucrânia, em 2022, que o Ocidente tem isolado a Rússia e os seus negócios, e isso reflete-se no volume das trocas comerciais. De acordo com o presidente russo, Vladimir Putin, perto de 40% do volume de negócios da Rússia é feito em rublos.

No Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, Putin apontou que os países “amigos da Rússia” são aqueles que merecem uma especial atenção, dado que serão estes que vão definir o futuro da economia global e “já representam três quartos do volume de negócios do nosso país”.

Assim, Putin explicou que o pagamento das exportações russas nas “ditas moedas ‘tóxicas’ de estados não amigáveis” caiu para metade neste último ano.

“Com isso, a participação do rublo nas operações de importação e exportação está a aumentar, situando-se agora quase em 40%”, disse Putin. Relatórios citados pela “CNBC” apontam que o valor atual é superior aos 30% observados no ano passado e superior aos 15% verificados nos anos anteriores à guerra. 

Segundo o presidente russo, as sanções ocidentais tornaram a Rússia ainda mais autossuficiente, tendo o consumo privado e investimento interno permanecido resilientes. Também as exportações de petróleo e matérias-primas para a Índia e China mantiveram-se constantes, permitindo que o país de Vladimir Putin mantivesse receitas robustas, especialmente devido à exportação e do preço do petróleo.

Apesar do bloqueio dos países ocidentais, o Fundo Monetário Internacional estima que a economia russa apresente um crescimento de 3,2% em 2024, excedendo a expansão de 2,7% prevista para os Estados Unidos. Alemanha, a França e o Reino Unido devem apresentar um crescimento económico ainda mais baixo, inferior a 1%.

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