A União Europeia está menos dependente da energia russa, mas continua a comprar gás natural a Moscovo, que não está sujeito a nenhum embargo europeu.
Os dados foram revelados esta terça-feira, 4 de julho, pelo Eurostat, e comparam o primeiro trimestre de 2022 (quando a Rússia invadiu a Ucrânia) com o primeiro trimestre deste ano.
No petróleo, o impacto das sanções surtiu efeito. No primeiro trimestre de 2022, a Rússia era o maior fornecedor de petróleo da UE (26% de quota), mas esta percentagem desceu abruptamente no espaço de um ano para 3,2% fruto do sanções impostas pelos estados-membros.
Por outro lado, este fornecimento foi substituído por outros fornecedores: Noruega (+3,8 pontos), Arábia Saudita (+3,4 pontos) e EUA (+2,7 pontos).
No caso do gás natural, a Rússia era o maior fornecedor no primeiro trimestre de 2022 (39%), seguido da Noruega (38%), mas a fatia de gás russo desceu mais de 21 pontos.
Já as compras de gás a outros países subiram: Noruega (+8 pontos), Argélia (+7 pontos) e Reino Unido (+4 pontos).
No entanto, a Rússia continua a pesar 17% nas compras de gás, com a Noruega a subir a sua quota para 46%.
No caso do gás natural liquefeito (GNL), a Rússia (18%) era o segundo maior fornecedor da UE nos primeiros três meses de 2022, a seguir aos EUA (49%). O fornecimento russo recuou 5 pontos, para 13% com outros países a aumentarem a sua quota: Noruega (+6,5 pontos), Qatar e Argélia (+2,4 pontos), com a quota dos EUA a cair 8,4 pontos.
“Após a invasão russa da Ucrânia, a UE implementou vários pacotes de sanções, que diretamente ou indiretamente afetaram o negócio de petróleo e gás natural e são agora visiveis numa maior diversificação de produtos energéticos. A quota da Rússia nas importações da UE de petróleo, carvão e gás natural tem estado a recuar continuamente desde o segundo trimestre de 2022”, segundo o Eurostat.
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