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Resorts. Russos, franceses e holandeses ganham terreno aos britânicos na compra em Portugal

Compradores do Reino Unido continuam a dominar a procura por este segmento, mas no eixo Albufeira-Loulé as aquisições registaram uma descida no primeiro semestre para os 44%, face aos 56% verificados no último semestre do ano anterior.
13 Outubro 2021, 11h13

O volume de vendas de habitação em resorts registou um aumento superior a 30% a nível nacional no primeiro semestre do ano, em relação ao último semestre de 2020, segundo os dados apresentados pelo o Índice de Preços de Resorts (SIR-Resorts), da Confidencial Imobiliário em parceria com a Associação Portuguesa de Resorts (APR) esta quarta-feira, 13 de outubro.

Os dados revelam que o preço da habitação integrada em resorts aumentou 2,7% no primeiro semestre de 2021, face ao último semestre de 2020 e 8,6% em comparação com o semestre homólogo.

No semestre em análise, a habitação no segmento de resorts verificou um valor médio de oferta de 4.442 euros/m2, atingindo os 8.058 euros/m2 na gama mais elevada do mercado. No eixo Albufeira-Loulé, registou-se um valor médio de 5.266 euros/m2, que atingiu os 9.274 euros/m2 na gama alta, tendo concentrado 45% das transações registadas no SIR-Resorts.

Em termos médios, no primeiro semestre de 2021, nesta região o valor pedido ficou entre 30% a 60% acima da oferta registada em qualquer um dos outros três destinos de resorts delimitados no SIR-Resorts. A maior subida foi na região do Barlavento do Algarve, com 58%, e em sentido inverso o menor diferencial foi verificado na Costa Atlântica, onde os valores médios atingiram os 4.093 euros/m2 nos primeiros seis meses do ano.

No que diz respeito às nacionalidades, os britânicos continuam a ser quem mais procura este tipo de habitação, tendo contudo registado uma quebra para os 44% na quota das aquisições por estrangeiros no semestre em análise, face aos 56% verificados no último semestre de 2020.

O Brexit fez-se sentir também nos preços do segmento de resorts que verificaram uma ligeira descida de 11% para 10%. A chegada da pandemia colocou novo travão dos preços, agravando a contração homóloga para 13% no primeiro semestre de 2020. Já na segunda metade desse ano, o mercado voltou a valorizar, observando uma subida homóloga de 5,3%, entretanto confirmada no primeiro semestre deste ano.

A principal novidade foi o aparecimento de clientes oriundos da Rússia que passaram a agregar 4% das vendas internacionais, mantendo-se a dinâmica de procura em mercados já presentes, como o francês, que passou de uma quota de 2% para 8% das compras pelos estrangeiros, e os Países Baixos, de 10% para 15%.

Pedro Fontaínhas, Diretor Executivo da Associação Portuguesa de Resorts (APR) acredita que “o mercado parece ter ganho confiança e acreditar na possibilidade de valorização. O mesmo se passa quanto à evolução das vendas, cujas expectativas estão agora em níveis bastante robustos, quando há um ano imperava o sentimento de que os preços iriam descer e a confiança de que as vendas iam crescer era bastante ténue”.

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