Saco de boxe inteligente, considerado das melhores invenções do ano, recebe 10 milhões

A startup portuguesa Bhout, que criou um saco de boxe inteligente que recentemente foi considerado uma das melhores invenções de 2023 pela revista “Time”, angariou 10 milhões de euros para expandir a equipa, desenvolver um novo modelo de negócio e acelerar o processo de internacionalização.

O financiamento seed (inicial) foi captado em agosto, mas só esta semana tornado público, e envolveu as sociedades Lince Capital e a Explorer Investments, que apostaram na missão desta fittech de revolucionar a forma com que as pessoas se relacionam com o exercício físico através de um saco de boxe “com cérebro”.

Como? A Bhout, fundada no verão de 2021, integrou conhecimentos de psicologia, gamificação, nudging (Teoria da Arquitetura da Escolha) e tecnologia de vanguarda para criar um produto que está na fronteira entre um equipamento de fitness e uma consola de jogo.

A empresa tem um clube desportivo, em Lisboa, e tornou-se lucrativa em dois anos. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) por metro quadrado é de 475 euros, de acordo com a informação transmitida esta terça-feira pela “joia da coroa” de Mauro Frota, que foi um dos finalistas para Empreendedor do Ano 2023 e ganhou o “Melhor Pitch”.

A ideia passa por agora por consolidar e escalar na Europa, América, Estados Unidos e Brasil, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos. “Paralelamente, a Bhout prepara-se para criar um modelo de negócio híbrido com base em abertura de clubes próprios e, já em 2024, estaremos nas casas, nas empresas, nos hotéis e faremos parcerias com distribuidores de referência globais nos âmbitos B2B e B2C”, revela o cofundador e CEO.

“Ao combinar perfeitamente a tecnologia de visão computacional de ponta com experiências presenciais habilmente elaboradas, a Bhout criou um ecossistema único que permite que os indivíduos atinjam os seus objetivos de saúde e fitnesss”, comentou Tomás Peixe, sócio da Lince Capital, acrescentando que se o investimento permitirá maturar a tecnologia e alargar a rede de locais físicos.

A ronda aumenta o capital angariado pela Bhout para cerca de 11 milhões de euros, depois dos 525 mil euros em fevereiro de 2021 e dos 439 mil euros em dezembro do ano passado à boleia dos fundos da Core Angels e Portugal Ventures.