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Saiba como cortar mais de dois mil euros por ano na fatura da luz e do gás

Tem um estabelecimento comercial? A fatura da luz e do gás é muito elevada? No Dia Mundial da Energia, faça uma simulação e descubra a tarifa mais adequada ao seu perfil de consumo.
  • Cristina Bernardo
29 Maio 2019, 07h45

Dezenas de comercializadores e centenas de tarifários podem complicar a escolha na hora de contratar um fornecedor de energia, mas também aumentam a hipótese de obter o melhor preço. Desde que o mercado de eletricidade abriu portas à entrada de novos comercializadores independentes, o leque de ofertas multiplicou e a margem de poupança anual pode variar consideravelmente dependendo da tarifa escolhida.

Se tem um estabelecimento comercial, como um cabeleireiro ou um restaurante, a diferença entre a tarifa mais cara e a mais barata pode superar os dois mil euros por ano, de acordo com as simulações feitas no portal Poupa Energia, gerido pela ADENE- Agência para a Energia. Se for um consumidor particular, saiba que pode poupar uma média de 160 euros por ano, ao escolher a tarifa mais amiga do seu bolso. (Ver exemplos na tabela).

E não são precisos grandes truques para baixar a fatura. As simulações efetuadas nesta plataforma mostram que para conseguir maiores descontos, o cliente deve seguir três passos: aceitar pagar por débito direto, aderir à fatura eletrónica e se tiver de contratar eletricidade e gás natural, juntar os dois serviços num só fornecedor também pode ser mais vantajoso.

Mas o essencial mesmo é comparar tarifas e ajustá-las ao seu perfil de consumo: tudo depende do que gasta, da potência contratada, se tem bi-horário… Vai mesmo ter de fazer as contas. E como é que pode fazê-lo? Simulando. Foi o que nós fizemos, neste caso, recorrendo ao simulador de tarifas do portal Poupa Energia.

No site da ERSE ou da DECO também pode fazer simulações, mas neste caso, optámos por uma única plataforma. O site da ADENE permite atualmente comparar ofertas de um total de 24 comercializadores com 266 tarifários de eletricidade, gás natural ou serviço combinado.

O portal faculta toda a informação disponível sobre as ofertas dos comercializadores de eletricidade e gás natural disponíveis no mercado liberalizado, o que permite a cada consumidor particular e empresarial proceder de uma forma esclarecida à mudança de comercializador ou apenas de tarifa. Mas se ainda assim tiver dúvidas durante o processo, pode pedir ajuda em tempo real, através de um chat, onde estará alguém para lhe dar as informações que precisa.

O simulador dispõe de duas versões: a simples – em que os consumidores têm que indicar o número de pessoas que compõem o agregado familiar, o tipo de utilização, o ano de construção do edifício e o tipo de pagamento pretendido bem como o tipo de fatura (eletrónica ou em papel) – e a avançada, em que o simulador requer mais detalhe sobre os equipamentos utilizados e dados sobre os consumos, o que obriga o consumidor a estar na posse das faturas.

Nas duas versões, o consumidor obtém as diferentes propostas tarifárias de eletricidade, de gás natural ou combinadas, hierarquizadas por valor da poupança, que aparece quantificada. Pode ainda comparar o que paga no mercado liberalizado com o que continuaria a pagar no mercado regulado, ou vice-versa.

Tenha atenção: além do preço, pesquise outros aspetos contratuais importantes, como os prazos de vigência do contrato, serviços adicionais obrigatórios e penalidades em caso de rescisão antecipada. Ao subscrever um serviço adicional, por exemplo, normalmente existe uma fidelização associada de 12 meses. Ou seja, se quiser rescindir contrato, será obrigado a efetuar o pagamento antecipado dos valores totais dos serviços que contratou. Estes serviços podem incluir a manutenção de eletrodomésticos, realização de obras, seguros, entre outros, e podem não ser muito úteis.

Faça esta avaliação de seis em seis meses. Os campeões de preços vão mudando e, se não trocar de comercializador, vai chegar uma altura em que estará a pagar tarifários antigos e desatualizados, desajustados da realidade, que não têm nada a ver com as novas ofertas no mercado. Ou seja, pode estar a gastar dinheiro a mais sem necessidade nenhuma.

Já fez as contas? Se decidiu mudar para um novo fornecedor, saiba que este vai encarregar-se de desencadear todos os procedimentos necessários à mudança. A transição é feita sem corte de fornecimento para o consumidor e o processo não tem qualquer custo associado. A mudança deve ficar concluída em média em cinco dias e no máximo em três semanas.

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