Como salvar o sistema de saúde do Estado. ADSE debate limites de financiamento de novos fármacos. ADSE sem capacidade de resposta por falta de pessoal. Revisão das tabelas deverá estender-se até ao final do ano. ADSE põe o pé no acelerador da digitalização. Alargamento da ADSE pode chegar a 118 mil novos beneficiários. A lista poderia continuar. Estes são alguns exemplos de artigos recentes na imprensa sobre a situação presente da ADSE.

Sobre a gestão da ADSE, naturalmente, não me compete opinar, mas há aqui um óbvio fio comum que tem que ver com a sustentabilidade do sistema. E é aqui que quero chegar. Quando assumi funções, no final do ano de 2015, a minha preocupação central na gestão do SAMS Quadros (o subsistema de saúde dos bancários sócios do SNQTB), foi a sua sustentabilidade, mas também, como não poderia deixar de ser, a maximização do retorno para os associados.

Nos últimos quatro anos, de forma criteriosa e devidamente estudada, tomámos mais de uma centena de medidas que, na prática, tornaram o SAMS Quadros o melhor subsistema de saúde em Portugal. Digo-o sem falsas modéstias e com muito orgulho: o SAMS Quadros é a referência de excelência.

Alguns exemplos das medidas tomadas?

Introduzimos pagamentos mínimos para racionalizar o consumo de cuidados de saúde; capacitámos a estrutura de apoio, constituindo conselhos clínicos e chamando à gestão técnica do SAMS Quadros profissionais de referência nas áreas que nos são mais críticas; alargámos os acordos estabelecidos a mais de 400 prestadores de serviços de saúde; celebrámos acordos com mais de 50 unidades de saúde da Santa Casa de Misericórdia; renegociámos os protocolos com a generalidade da nossa rede, numa perspectiva de preço fechado; modernizámos os pedidos de reembolso, possibilitando o envio electrónico das facturas e definimos um prazo máximo de reembolso ao sócio de 72 horas.

Criámos ainda a Rede Escolha Informada para cirurgias, meios complementares de diagnóstico e tratamentos com eventos definidos a preço zero; abrimos as Óticas SAMS Quadros em Lisboa e no Porto; criámos o cheque parto, prolongámos a duração do subsídio de natalidade de 12 para 18 meses, realizámos campanhas de vacinação contra a gripe, alargámos a comparticipação no acompanhamento hospitalar de 12 para 18 anos; alargámos a comparticipação a 100% em várias categorias de análises clínicas; criámos o Gabinete de Apoio ao Doente; instituímos a possibilidade de ter acesso a uma segunda opinião médica internacional; e disponibilizámos o serviço de assistência domiciliária e de assistência médica telefónica, 24 horas por dia, todos os dias do ano.

Decidir implica estabelecer prioridades e fazer escolhas. As nossas foram, continuam a ser, muito claras e sempre orientadas para um objectivo central: manter o SAMS Quadros na qualidade de melhor subsistema de saúde em Portugal, naturalmente nunca perdendo de vista a sua sustentabilidade.

Queremos prestar aos nossos associados os melhores serviços de saúde possíveis, mas desejamos também deixar às futuras direcções do SNQTB um SAMS Quadros ainda melhor do que aquele que nos foi confiado. É para isso que trabalhamos todos os dias.

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.