O Grupo SIL chegou a acordo com o Grupo Azinor, que detém os hotéis Sana, para vender o megaprojeto imobiliário na Cruz Quebrada, o Porto Cruz, apurou o Jornal Económico (JE) de fonte ligada ao processo.
O Grupo Azinor é um grupo português de estrutura acionista familiar que possui a cadeia de hotéis Sana.
O JE contactou Carlos Silva Neves, general chairman do Grupo Azinor, que não comentou. Também Pedro Silveira, presidente do Grupo SIL, não quis fazer comentários, remetendo qualquer informação para o comprador.
Segundo as nossas fontes, o enterprise value (incluindo dívida) do empreendimento Porto Cruz ronda os 80 milhões de euros. Este valor não foi possível confirmar, uma vez que as partes envolvidas recusaram comentar.
De acordo com o site do Grupo SIL, o projeto Porto Cruz está situado “onde o Rio Tejo encontra o Oceano Atlântico”, na zona Ribeirinha que liga Lisboa a Oeiras.
O projeto inclui os três edifícios residenciais em condomínio privado do Porto Cruz, o hotel, os escritórios e a zona comercial, que são rodeados “por 70 mil metros quadrados de espaços públicos de lazer, incluindo 20 mil metros quadrados de zonas verdes de utilidade pública”.
O empreendimento do Grupo SIL prevê a construção, numa área superior a 27 hectares, onde se localizavam as antigas fábricas da Lusalite e Gist Brocades, de um conjunto de torres de habitação, escritórios, hotel, espaços verdes e uma marina de recreio na Cruz Quebrada, num projeto conhecido como Porto Cruz.
O Grupo SIL revela no site que “uma Alameda Verde funcionará como pórtico de entrada a todo o empreendimento de Porto Cruz. Este percurso incluirá a passagem pelo anfiteatro com 2.500 lugares para espetáculos, e permitirá o acesso às piscinas oceânicas e à nova e ampliada praia da Cruz Quebrada. O projeto contempla ainda uma vasta área de estacionamento e o apoio de uma estação ferroviária requalificada”.
O megaprojeto imobiliário Porto Cruz, do Grupo SIL, situa-se no terreno de antigas fábricas na foz do Jamor e contempla apartamentos, escritórios, comércio, hotel e vários espaços verdes.
A sua construção chegou a ser alvo de críticas – nomeadamente pela associação Vamos Salvar o Jamor. Mas, em junho deste ano, o Tribunal Central Administrativo do Sul (TACS) decidiu considerar sem efeito a providência cautelar que o Ministério Público havia interposto, em 2021, contra a legalidade do Plano de Pormenor da Margem Direita da Foz do Rio Jamor (PPMDFRJ), autorizando assim o empreendimento do Vale do Jamor.
Segundo uma notícia do Público de julho deste ano, a sentença, de 20 de junho, votada por unanimidade pelo coletivo de juízes, abre assim a possibilidade de o referido plano, aprovado em 2014, produzir efeitos, permitindo que avance para aquela zona o megaprojeto imobiliário.
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