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Santa Casa com lucros de 33,3 milhões de euros em 2018, menos que em 2017

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa registou em 2018 um resultado líquido de 33,3 milhões de euros, menos 9,1 milhões do que o lucro em 2017. Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, explicou que a queda se deve à alteração da repartição do resultado líquido dos jogos sociais. O Estado recebeu em 2018 receitas do imposto de selo dos jogos sociais no valor de 180 milhões.
  • Cristina Bernardo
9 Julho 2019, 16h24

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa registou em 2018 um resultado líquido de 33,3 milhões de euros, menos 9,1 milhões do que o lucro em 2017. Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, explicou que a queda se deve à alteração da repartição do resultado líquido dos jogos sociais.

Recorde-se que as receitas dos jogos representam 85% das receitas da instituição. Em 2018 somaram 215 milhões de euros, abaixo dos 220,8 milhões de 2017.

As despesas correntes subiram 6,7% para 225,2 milhões e as receitas correntes caíram 3,1% para 253,6 milhões de euros. O que traduz um saldo corrente de 28,4 milhões, menos 44% do que no ano anterior. O saldo corrente subiu 42,2% para 4,8 milhões.

A Santa Casa refere ainda “o saldo justo valor em propriedades de investimento” no valor de 22,1 milhões de euros. Já o arrendamento do património da Santa Casa gerou um aumento de receitas de 0,6% face a 2017, ou 7,1 milhões de euros.

A taxa de execução da despesa global foi de 79% e  taxa de execução da receita global foi de 95%.

À despesa corrente somam-se as despesas de capital (investimento). Em 2018 o investimento foi de 26,9 milhões, muito inferior ao orçamentado, tendo só sido executado 32% do valor orçamentado.

A execução orçamental revela uma taxa de execução de 96% na despesa corrente.

A despesa corrente em 2018 revela uma subida na atividade da ação social. Estas despesas somaram 121,4 milhões, mais 5,9% num ano. Esta atividade representa 53,9% da despesa.

Na saúde subiram as despesas em 7,3% para 55,9 milhões. Na Escola Superior de Saúde do Alcoitão, as despesas subiram 0,7% para 55,9 milhões. A saúde pesa 24,8% da despesa total.

No património registou-se um aumento de 15,4%. A cultura, por seu turno, viu as despesas caírem 5,3%.

A Santa Casa afeta diretamente 78,7% da sua despesa corrente às áreas de Ação Social e Saúde.

A SCML realçou as despesas com pessoal nas despesas correntes. A variação foi de 7,7% ou mais 9,4 milhões de 2017. Devido, entre outros, ao descongelamento e progressões dos trabalhadores com contrato de funções públicas; a integração do novo Acordo Coletivo dos Médicos.

As despesas de pessoal inclui 1,84 milhões inerentes ao Fundo de Pensão da SCML.

Ainda ao nível dos resultados destaque  para a reversão das provisões e imparidades, de 2,2 milhões.

Em termos de investimento a SCML investiu desde 2016 até ao fim do ano passado, 120,7 milhões, dos quais 30,6 milhões em património.

Em 2019 a Santa Casa investiu 26,9 milhões de euros. Mas o investimento em despesa de capital teve 32% de taxa de execução.

A Santa Casa fechou 2018 com um ativo de 837,5 milhões, mais 3,7% num ano, e uma situação líquida de 759,4 milhões, um acréscimo de 4,7%.

Nos jogos, as vendas brutas totalizaram 3.097 milhões e os resultados líquidos somaram 744 milhões de euro.

Os jogos sociais devolveram à sociedade mais de 3 mil milhões de euros (1,5% do PIB) . O que traduz um retorno de 97,5%.

O Estado recebeu em 2018 cerca de 180 milhões de euros de imposto de selo com os jogos sociais.

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