[weglot_switcher]

Santander Totta com lucros semestrais de 334 milhões a crescerem 38,3%

No primeiro semestres de 2023, o Santander Totta SGPS teve um lucro de 333,7 milhões de euros, o que traduz uma subida de 38,3% face ao período homólogo do ano anterior. Graças às subida de 58,4% da receita da margem financeira que ascendeu a 586,5 milhões de euros.
Cristina Bernardo
28 Julho 2023, 09h35

No primeiro semestres de 2023, o Santander Totta SGPS teve um lucro de 333,7 milhões de euros, o que traduz uma subida de 38,3% face ao período homólogo do ano anterior. Graças às subida de 58,4% da receita da margem financeira que ascendeu a 586,5 milhões de euros. As comissões geraram 231,2 milhões de euros, menos 3,5% do que no período homólogo. Também por via da redução da carteira de crédito.

O produto bancário somou 830,4 milhões de euros (+35,35%).

Os custos operacionais aumentaram 5,3% para 255,4 milhões de euros, embora abaixo da inflação média observadada no primeiro semestre. Aqui os custos com pessoal avançaram 4,9%.

O rácio de eficiência melhorou para 30,8%.

“Os resultados são fruto de uma transformação contínua do nosso modelo de negócio, que tem permitido melhorar a eficiência operacional”, disse o CEO do Santander Totta.

O resultado do segundo trimestre é de 147,8 milhões de euros é inferior ao primeiro trimestre (185,9 milhões) por causa da contabilização dos custos regulatórios de 70 milhões de euros (dos quais quase metade é referente à contribuição extraordinária da banca, sendo o resto o custo do imposto adicional de solidariedade, e a contribuições para os dois Fundos de Resolução).

No que toca aos rácios de capitalização, o CET1 baixou (de 21% em junho do ano passado) para 17,6%. O capital era muito alto no ano passado por que estavam impedidos de distribuir dividendos na altura da Covid.

No fim de junho de 2023, a carteira de crédito ascendeu a 41,9 mil milhões, o que traduz um decréscimo de 3,8%. O crédito à habitação caiu 1,2% para 22,4 mil milhões de euros. Já o crédito a empresas caiu 9,2% para 14,5 mil milhões de euros.

“A evolução dos volumes de crédito prossegue condicionada pelo contexto de taxas de juro elevadas”, refere o banco.

Pedro Castro e Almeida falou queda da procura de crédito quer da parte das empresas, quer da parte dos particulares, por razões diferentes. “Nas empresas há muito menos investimento, estão com melhores margens e por isso têm menos necessidade de dívida”, disse. Já nos particulares há menos rendimento disponível, e “no crédito à habitação a queda da procura resulta não só da subida das taxas de juro, mas acima de tudo o grande problema em Portugal é a subida do preço das casas, mesmo que os juros baixassem, ao preço a que estão as casas não sei se aumentaria muito a produção de crédito”, disse o CEO do Santander Totta que lembou que os spreads de crédito já estão aos níveis de 2007. “Mas não há mais procura por isso”, disse.

“O que será normal nos próximos dois anos é que vai haver uma diminuição do balanço dos bancos, vai haver menos crédito e menos poupança na banca europeia”, defendeu Pedro Castro e Almeida.

Na conferência de imprensa, o CFO do banco, Manuel Preto, explicou que a venda da carteiras de NPE (crédito malparado) vai ter mais impacto no segundo trimestre. Já o valor dos imóveis em carteira já praticamente não existem, explicou. “Continuamos a olhar para passobilidadade de vendas de NPE mas o impacto disso será no segundo semestre”, disse Manuel Preto.

O rácio de crédito improdutivo (NPE) melhorou ligeiramente para 2,1%. A cobertura por imparidades fixou-se em 88,6%.

O custo do risco de crédito pirou ligeiramente para 0,06%.

O banco reforçou as imparidades para 35 milhões por causa da atual conjuntura, mas continua a ter um peso residual de 0,01% na carteira de crédito, explicam os administradores.

“Estamos preparados e temos muito ca

Os depósitos também recuaram face ao período homólogo. A descida foi de 8,8% para 36,6 mil milhões de euros. Manuel Preto diz que a queda de depósitos começou no terceiro trimestre do ano passado. Mas diz que os depósitos cresceram em quatro meses do semestre e que já se sente uma inversão do ciclo.

Pedro Castro e Almeida diz que é normal que a dimensão das poupanças vá diminuindo, por conta da subida da inflação e redução do rendimento disponível das famílias.

Os portugueses pouparam 11 mil milhões de euros nos últimos 10 anos, lembrou o CEO do Banco Santander.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.