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Saphety diz que diretiva sobre faturação electrónica é uma oportunidade

Portugal pode ser pioneiro na adoção de novos processos, até porque já demonstrou capacidade em setores como o retalho.
21 Agosto 2017, 07h15

A nova diretiva europeia sobre facturação eletrónica definiu um standard para o formato da fatura electrónica, que será adotado pela administração pública de cada país. O novo enquadramento constitui uma oportunidade para as empresas e um fator de crescimento para Saphety, empresa do grupo Sonae especialista em soluções de troca eletrónica de documentos, faturação eletrónica e sincronização de dados entre empresas, afirma o seu presidente-executivo, em declarações ao Jornal Económico.

Rui Fontoura considera que Portugal pode ser pioneiro na adoção dos novos processos, até porque tem bons indicadores: segundo o último relatório do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC), 93% dos contratos públicos celebrados em Portugal foram conduzidos de forma desmaterializada, o que contrasta com a média de 50% dos Estados-membros da União Europeia.

“Com exceção dos países nórdicos que estão claramente mais avançados, Portugal está em linha com o que se faz nos restantes países europeus. Alguns setores de atividade, como por exemplo o retalho e a sua cadeia de valor, têm taxas de penetração perto dos 100% e existem outros setores ainda com muito espaço de evolução”, diz, acrescentando que a administração pública portuguesa está bastante atenta ao potencial de poupança e de aumento de eficiência que a adoção da faturação eletrónica traz.

“Da mesma forma que fomos pioneiros na adoção da contratação pública eletrónica, também o seremos na adoção da faturação eletrónica com a administração púbica”, refere.

Com a adoção da nova directiva, “o potencial de evolução é tremendo”, considera Fontoura.

“Hoje, temos no mercado nacional mais de 30.000 empresas que utilizam as plataformas de contratação pública eletrónica. Acredito que teremos um nível de adoção idêntico na faturação eletrónica. Além disso, o processo de faturação eletrónica vai permitir a adoção de outros serviços adjacentes, como é o caso dos serviços financeiros, permitindo às empresas obter vantagens competitivas devido à utilização de soluções de faturação eletrónica”, afirma.

Em entrevista ao Jornal Económico, Rui Fontoura deixa um conselho para às empresas, no novo quadro que será instituído: “Recomendo que aproveitem este momento de mudança para promoverem a faturação eletrónica com todos os seus parceiros de negócio, sejam clientes ou fornecedores”.

“Se as empresas se limitarem a resolver a questão da faturação à administração pública, estarão a perder uma oportunidade de reduzirem os seus custos e de aumentarem a sua eficiência”, diz.

A Saphety tem crescido especialmente no mercado internacional, que já representa 40% do volume total de negócios.

Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.

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