O agrupamento Newtour/MS Aviation solicitou autorização formal para dialogar com os trabalhadores, sindicatos e seus representantes, mas não viu o pedido autorizado.
“O futuro da Azores Airlines está preso num colete de forças, criado pela Administração da SATA Holding, com o objetivo aparente de impedir a privatização e essa responsabilidade deve ser assumida”, acusa o consórcio.
Em comunicado a consórcio Newtour/MS Aviation “considera inaceitável a postura bloqueadora do Conselho de Administração da SATA Holding, que tem erguido sucessivos condicionalismos ao diálogo e, consequentemente, impedido os trabalhadores de conhecerem a verdadeira situação da empresa”.
Na prática, “a Administração da SATA está a impedir uma conversa factual e transparente entre quem trabalha na empresa e quem a quer adquirir”, dizem.
“A atitude da SATA Holding só pode ser entendida como uma manobra”, já que. “sabe, desde a primeira hora, que o diálogo franco e honesto é condição essencial do agrupamento para a apresentação de uma proposta e, ao não autorizar o diálogo, não só esconde a realidade da companhia aérea como nega aos trabalhadores o direito de conhecerem o Projeto Estratégico do agrupamento”, diz o consórcio.
Desta forma, acrescenta, “o Conselho de Administração tem contribuído para alimentar a desinformação, disseminada com maior intensidade ao longo das últimas semanas”.
“A intenção do agrupamento Newtour/MS Aviation, que tem respeitado a reserva que um processo desta natureza exige, nunca foi partilhar informação com estranhos, mas sim com os trabalhadores da Azores Airlines, a quem não pode ser negado o direito à verdade. Contudo, a redação do compromisso de confidencialidade (disponível para consulta pública) impede conversas, negociações, condições e qualquer outro facto ou informação relacionado com a transação que não seja público, bem como qualquer informação desenvolvida de forma independente pelo Beneficiário [Agrupamento Newtour/MS Aviation], ou em seu nome, no âmbito da Transação, in dependentemente de ter sido divulgada antes, após ou na data do presente Compromisso de Confidencialidade”, diz o comunicado.
O agrupamento Newtour/MS Aviation garante que “continua empenhado em apresentar uma solução sólida, convicto de que tal só será possível com verdade e transparência porque só assim se conquista a confiança dos trabalhadores”.
“O tempo das desculpas acabou. Ou se trabalha, em conjunto, para salvar a Azores Airlines – o que implica abertura ao diálogo – ou ficará claro, aos olhos de todos, quem não quer que a companhia aérea tenha futuro”, diz o consórcio.
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