[weglot_switcher]

Saúde: escolher depois de saber que diferença há entre cartões e seguros

Antes de tomar uma decisão entre cartões e seguros de saúde, pergunte-se se pode gastar mais de 200 euros por ano. Se a resposta for sim, prefira o seguro de saúde. Mas se for não, escolha um cartão de saúde, diz a Deco Proteste.
28 Outubro 2018, 13h00

Em matéria de seguros de saúde e cartões, e atendendo a que os consumidores fazem a sua escolha com base nos custos que cada uma das soluções acarreta, importa descodificar o que são e até onde cobrem para que não haja lugar a deceções ou gastos evitáveis.

Num levantamento feito pela Deco Proteste, é possível verificar que os cartões de saúde são quase sempre mais baratos, mas, salienta a entidade, não substituem os seguros. Contudo, acrescenta, o seguro também pode não ser a melhor solução para todas as situações médicas.

Antes de passar às diferenças entre estas duas soluções disponíveis no mercado nacional, importa salientar que é entendido como cliente Ideal para os cartões, aqueles que já ultrapassaram a idade “permitida” para aderir a um seguro, ou se tem um problema de saúde já diagnosticado, ou ainda se está interessado, sobretudo, em tratamentos dentários caros como por exemplo no caso da colocação de um aparelho) e se quer aceder ao privado para consultas de rotina, nomeadamente de ginecologia, e não pode pagar um seguro.

Já o perfil do dito cliente ideal para o seguro aponta para quem está a ponderar ter filhos e quer ser atendido no privado ou quem pretende acautelar uma possível cirurgia, e admite ir a muitas consultas no setor privado.

No que concerne aos serviços prestados, no caso dos cartões, contempla assistência médica e de enfermagem ao domicílio, transporte gratuito em ambulância, aconselhamento telefónico, assim como exames e tratamentos com descontos na rede de prestadores. Para além destes serviços, no caso dos seguros, acresce ainda a assistência médica hospitalar e, dependendo do plano, próteses e partos.

No campo dos pontos fortes, os cartões trazem a possibilidade de começar a usar logo após a adesão, poder subscrever em qualquer idade, terem anuidade mais barata; serviços médicos com descontos, bem como não requerer pré-autorizações, desde que o serviço esteja abrangido.

Os seguros, por seu turno, têm como principal ponto forte o facto de o beneficiário pagar uma pequena parte da despesa (franquia ou copagamento), pois a seguradora reembolsa-o do remanescente ou paga diretamente o prestador

Quanto a pontos fracos, os cartões obrigam a pagar despesas do próprio bolso, está limitado aos estabelecimentos e profissionais que integram a rede de cuidados médicos do cartão, sendo que as redes médicas muito limitadas fora dos grandes centros urbanos.

Na esfera dos seguros, é preciso ter me conta que algumas despesas não são pagas se efetuadas logo após a subscrição do seguro (período de carência), e que precisa de pré-autorização para realizar alguns atos médicos. Acresce ainda o facto de certas despesas ficarem excluídas (como as relativas a uma doença já diagnosticada antes de contratar o seguro), de ser difícil contratar o seguro a partir de certa idade, as despesas só serem pagas até um certo limite de capital, e por último, o prémio anual ser elevado e crescente com a idade.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.