Marcelo Rebelo de Sousa admite apoiar o Governo se for necessário avançar com medidas mais restritivas do Estado de Emergência. À saída de uma visita ao Hospital de Santa Maria no âmbito da campanha para as presidenciais, afirmou não querer falar como Presidente da República, mas acabou por admitir o cenário, “mais que não seja para um sinal político aos portugueses”.
“Há que olhar semana a semana e se for preciso reponderar medidas, o Governo naturalmente terá o apoio do Presidente da República para essa reponderação. Mais que não seja para sinal político aos portugueses”, disse em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, este domingo à saída de Santa Maria.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu existir um “problema de compreensão, de comunicação da gravidade da situação, mas também há um problema dos portugueses olharem para a realidade e tenderem a facilitar”.
“Tender a facilitar é grave porque significa não levar a sério o confinamento”, disse, alertando para a “pressão sob as estruturas de saúde que não havia em março e abril” e sustentando que “estas semanas são determinantes”.
Marcelo Rebelo de Sousa vincou que “é preciso compreender que esta situação não é crítica, é muito crítica. É muito crítica naturalmente para os políticos e é muito crítica para os portugueses em geral. É muito crítica para os políticos porque quer dizer que tem que se analisar dia a dia, semana a semana as medidas para ver se é necessário restringir ainda mais o confinamento naquilo em que possa ser restringido nas medidas políticas”.
“Mas é fundamental para os portugueses, porque os portugueses no primeiro Estado de Emergência percebiam que exceções eram exceções. As várias exceções eram para ser utilizadas excepcionalmente”, disse, apelando a que os portugueses compreendam a gravidade da situação. “Ou a sociedade percebe ou os políticos naturalmente vão, e neles se integra o Presidente da República em função, percebem que nesse acompanhamento e monitorização pode ser necessário ir mais longe no fechamento de atividades que ainda ficaram abertas, se for necessário, como sinal à sociedade”, acrescentou.
Realçou ainda que se não existirem alterações, o Estado de Emergência poderá ser “muitíssimo mais longo, o confinamento muitíssimo mais longo, mas sobretudo que entretanto provoca situações de seres, de pré-ruptura ou de ruptura pontual e depois multiplicada”.
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