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Secundária de Felgueiras é a mais bem sucedida do país. Este é o “ranking do sucesso”, escola a escola

Este ranking analisa a percentagem de alunos que concluíram o secundário sem qualquer chumbo e notas positivas nos dois exames das disciplinas trienais. Mostra uma realidade mais consistente em que o sucesso é avaliado pelo percurso do aluno e não apenas pelas notas dos exames, como acontece com o ranking geral das escolas.
27 Junho 2020, 00h01

A Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos em Felgueiras lidera o “ranking do sucesso”, que o Jornal Económico divulga aqui na totalidade, escola a escola.

Os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência/Júri Nacional de Exames, disponibilizados pelo Ministério da Educação ao primeiro minuto do dia 27 de junho, respeitam ao ano letivo passado: 2019, antes da crise da pandemia da Covid-19, que levou à suspensão em março deste ano das aulas presenciais e à sua substituição temporária pelo ensino a distância, que revelou enormes desigualdades para um país tão pequeno.

No “ranking do sucesso”, ao contrário do que, por norma, acontece no ranking geral, elaborado com base nas notas dos exames, o Top 10 é dominado por escolas públicas. As exceções são o Colégio de S. Miguel de Fátima,  segundo da lista, o “Instituto D. João V”, de Pombal, oitavo, e o Colégio de S. Tomás, de Lisboa, nono da lista e primeira escola da capital.

As sete escolas públicas que mais fizeram evoluir os seus alunos espalham-se pelo país, numa grande diversidade regional, que vai de Pombal (Escola Básica e Secundária de Guia), a Viana do Castelo (Básica e Secundária de Agra e Lima), de São João da Pesqueira (Escola Básica e Secundária), ao Sardoal (Básica e Secundária Dra. Judite Andrade), à Trofa (Básica e Secundária de Coronado e Castro) e ao  Redondo (Escola Dr. Hernâni Cidade).

Ao contrário do ranking geral que é elaborado com base nas notas dos exames, o ranking do sucesso analisa a percentagem de alunos que acabaram o secundário sem chumbos e com positivas nos dois exames das disciplinas trienais. O Ministério da Educação evidencia-lhe as vantagens em relação à outra metodologia: “Leva em conta o número de alunos que a escola recebe à entrada do secundário. Valoriza o sucesso durante todo o percurso do secundário. Combina as avaliações interna da escola e externa resultante dos exames. Considera os resultados agregados dos últimos três anos, logo valoriza a consistência dos resultados na escola e não os desvios fortuitos que possam surgir nos resultados dos exames”. Por outras palavras: em  vez de comparar a totalidade dos alunos de uma escola com a totalidade dos alunos de outra, este ranking compara alunos com características idênticas, que partem do mesmo ponto, valorizando, depois, a sua evolução.

Segundo os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência/Júri Nacional de Exames, organizados pelo JE, o grupo das escolas que mais penalizam os alunos é liderado pela Escola Básica e Secundária Dr. Mário Fonseca em Lousada,  seguida da  Escola Secundária Jaime Cortesão em Coimbra, e pela Escola Secundária de Moledos, em Tondela. Três escolas públicas em três distritos diferentes, o que, mais uma vez, atesta a diversidade geográfica regional, como já tínhamos mostrado para os melhores percursos.
Neste grupo também há escolas privadas, como o Colégio Guadalupe do Seixal, no distrito de Setúbal (quarto a contar do fim) e o Colégio de Nossa Senhora da Graça, em Odemira, distrito de Beja, que é sexto.

O Jornal Económico também elabora o ranking geral das escolas elaborado a partir da base de dados disponibilizada pelo Ministério da Educação.

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