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“Seis milhões de euros por uma banana”: Ridicularizada e elogiada, obra de arte de Cattelan bate recordes

De acordo com a leiloeira Sotheby’s, este foi o primeiro leilão da provocadora e célebre obra do artista italiano Maurizio Cattelan, apresentada pela primeira vez em 2019 na feira Art Basel, em Miami, nos Estados Unidos.
21 Novembro 2024, 12h03

A obra “Comedian”, do italiano Maurizio Cattelan, que consiste numa banana presa a uma parede com fita adesiva, foi vendida em leilão em Nova Iorque por 6,2 milhões de dólares (5,9 milhões de euros) a um empresário de criptomoedas.

De acordo com as agências internacionais, o comprador foi o fundador da criptomoeda TRON, Justin Sun, que adquiriu um certificado de autenticidade que lhe permite colar uma banana à parede e chamar-lhe “Comedian”.

As licitações começaram nos 800 mil dólares e, em minutos, dispararam para dois milhões de dólares, depois três, quatro e mais, levando o anfitrião, Oliver Barker, a dizer “não a deixem escapar”.

“Não percam esta oportunidade. São palavras que nunca pensei dizer: cinco milhões de dólares por uma banana”, afirmou. O valor da licitação final foi 5,2 milhões de dólares, a que acrescem cerca de um milhão em comissões e taxas, de acordo com a Associated Press (AP).

Num comunicado, igualmente citado pela AP, o comprador disse que esta peça “representa um fenómeno cultural que estabelece uma ponte entre os mundos da arte, memes e a comunidade das criptomoedas”.

“Nos próximos dias, vou pessoalmente comer a banana como parte desta experiência artística única, honrando o seu legado na história da arte e na cultura popular”, afirmou Sun.

De acordo com a leiloeira Sotheby’s, este foi o primeiro leilão da provocadora e célebre obra do artista italiano Maurizio Cattelan, apresentada pela primeira vez em 2019 na feira Art Basel, em Miami, nos Estados Unidos.

Desde que foi exibida pela primeira vez em 2019 no contexto de uma feira, e vendida por cerca de 120.000 dólares, “Comedian” transformou-se num acontecimento global que teve um enorme impacto “na consciência cultural contemporânea”, referiu a leiloeira em comunicado.

Simultaneamente ridicularizada e elogiada, a obra levou a uma reflexão, entre críticos de arte, artistas e público, sobre o valor da arte contemporânea, mas também foi comida

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