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Sem surpresa, Parlamento chumba moção de rejeição do PCP ao programa do Governo

Iniciativa comunista tinha chumbo garantido à partida e contou com o voto contra, além do PSD e do CDS, do PS, do Chega, da Iniciativa Liberal e do novo partido da Assembleia da República, Juntos pelo Povo (JPP). Deputada única do PAN absteve-se.
epa12180532 Portuguese Prime Minister Luis Montenegro speaks during the plenary session to present the Program of the XXV Constitutional Government at the Assembly of the Republic in Lisbon, Portugal, 17 June 2025. EPA/JOSE SENA GOULAO
18 Junho 2025, 12h06

O Parlamento chumbou esta quarta-feira a moção de rejeição do programa do Governo apresentada pelo Partido Comunista Português (PCP), que nascera condenada ao fracasso. Além do PSD e do CDS, votaram contra o PS, o Chega, a IL e o JPP. Inês Sousa Real, do PAN, absteve-se. Bloco de Esquerda e Livre foram os únicos a votar a favor da moção de rejeição, juntando-se aos votos da bancada do PCP.

A garantia de que os principais partidos da oposição não seriam um obstáculo ao arranque do novo Governo da Aliança Democrática (AD) tinha sido manifestada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, antes da tomada de posse e início da nova legislatura.

A votação da moção de rejeição comunista foi o culminar de dois dias de debate na Assembleia da República, onde o executivo chefiado por Luís Montenegro apresentou o programa do Governo para os próximos quatro anos.

A reforma do Estado, as alterações à lei da nacionalidade e a imigração foram os temas dominaram a discussão no hemiciclo. Luís Montenegro, primeiro-ministro, reforçou o apelo aos dois principais partidos da oposição, PS e Chega, para  assumirem “sentido de Estado e de responsabilidade”, prometendo uma legislatura de diálogo.

“Esta será uma legislatura de diálogo, com espírito patriótico de convergência”, declarou Luís Montenegro, deixando um aviso à navegação: “Este Governo está aqui para cumprir a legislatura de quatro anos. Todos sabemos que a legislatura só não terá essa duração se os dois maiores partidos da oposição assumirem entre si uma coligação deliberada, ativa e cúmplice politicamente.”

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