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Semana atribulada fecha no ‘vermelho’. Seguem-se contas da banca

As bolsas europeias registaram leves perdas na sessão de sexta-feira, a última de uma semana de mexidas intensas, em função das tensões comerciais, sobretudo entre Estados Unidos e China. A nova semana vai ficar marcada por resultados empresariais, a começar com o Goldman Sachs.
dívida obrigações
14 Abril 2025, 07h00

As bolsas europeias registaram ligeiras perdas na sessão de sexta-feira, a terminar uma semana extremamente atribulada nos mercados globais. Esta segunda-feira, prossegue a época de resultados iniciada na semana passada, com destaque para o setor da banca.

Em Lisboa, porém, o sentimento foi distinto, na medida em que o índice PSI subiu 1,81% e alcançou os 6.520 pontos, a beneficiar sobretudo de valorizações de 5% nas ações da EDP Renováveis, que alcançaram os 7,46 euros e de 4,01% na EDP, para os 3,063 euros. As cotações de mercado do grupo beneficiaram do interesse do maior acionista da Naturgy na possibilidade de uma fusão com a EDP.

Ainda assim, a empresa espanhola negou esta possibilidade ainda durante a sessão bolsista de sexta-feira.

Seguiram-se subidas de 1,98% para 0,5246 euros nos títulos do BCP e 1,69% no caso da Navigator, que alcançou os 3,24 euros. Em sentido oposto, os CTT protagonizaram a única queda de entre as cotadas do PSI, na ordem de 0,15%, até aos 6,65 euros.

Entre os índices de referência das principais praças europeias, houve decréscimos de 0,78% na Alemanha, 0,73% em Itália, 0,30% em França e 0,03% em Espanha, enquanto o Reino Unido fugiu à regra, ao ganhar  0,55%. No índice agregado Euro Stoxx 50 registou-se um recuo de 0,42%.

Os índices ficaram novamente penalizados por inseguranças associadas à guerra comercial, depois de a China avançar com novas tarifas de 125% sobre os bens importados dos Estados Unidos.

Esta segunda-feira, os mercados vão reagir a novos desenvolvimentos trazidos pelo fim-de-semana. Os EUA fizeram saber que telemóveis, computadores e outros componentes e produtos eletrónicos ficam imunes às tarifas, o que será visto como um alívio da perspetiva de um leque de grandes tecnológicas.

Noutro âmbito, a época de resultados do primeiro trimestre vai retomar o seu rumo em Wall Street, com destaque para o Goldman Sachs, que vai divulgar contas antes da abertura. Recorde-se que, na semana passada, gigantes da banca como o JPMorgan, Wells Fargo e Morgan Stanley divulgaram os resultados referentes ao primeiro trimestre.

De resto, durante a semana vão ser conhecidos os resultados de gigantes empresariais como a J&J, Louis Vuitton, Hermes International, Bank of America, Citigroup, ASML, TSML, Ericsson e Netflix, entre muitas outras.

Em termos macro, vão ser conhecidos os dados da balança comercial da China, que ganham uma maior preponderância em função das tensões comerciais crescentes entre Estados Unidos e China.

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