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Serviço de saúde britânico vive momento mais frágil desde que foi criado

“Os factos são muito claros e não vou adocicá-los. Os hospitais e os profissionais de saúde estão sob extrema pressão”, admitiu o diretor-executivo do NHS, Stevens, notando que a situação de saúde atual no Reino Unido não é favorável.
  • Londres, Reino Unido
18 Janeiro 2021, 16h49

O Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, sigla inglesa) tem-se mostrado perto da rutura, enquanto enfrenta a segunda vaga mortal da pandemia, revela o “The Guardian”. O diretor-executivo do NHS, Simon Stevens, deixou o aviso aos cidadãos britânicos, depois dos ministros de Boris Johnson apontarem que pretendem vacinar toda a população adulta até setembro.

“Os factos são muito claros e não vou adocicá-los. Os hospitais e os profissionais de saúde estão sob extrema pressão”, admitiu Stevens no domingo, notando que a situação de saúde atual no Reino Unido não é favorável.

“Desde o dia de Natal que vimos um aumento de 15 mil doentes internados em hospitais em Inglaterra. Isto é o equivalente a encher 30 hospitais de doentes infetados com coronavírus e, surpreendentemente, a cada 30 segundo, em toda a Inglaterra, outro paciente infetado está a ser admitido”, continuou o diretor-executivo.

Simon Stevens adiantou ainda que o NHS está a administrar 140 vacinas por minuto, à medida que as autoridades de saúde procuram vacinar o público o mais rápido possível. Os idosos acima dos 70 anos e com comorbilidades associadas, que somam mais de 5,5 milhões de cidadãos por todo o Reino Unido, começaram a receber a vacina esta segunda-feira, enquanto os profissionais de saúde e residentes em lares, num total de 3,8 milhões de pessoas, já estão prontos para a segunda dose.

À semelhança do que tem acontecido em Portugal, vários hospitais em ponto de rutura começaram a transferir alguns doentes para outras regiões, uma vez que as camas de internamento nas unidades Covid começaram a ser escassas. Também em Portugal, a ministra da Saúde Marta Temido disse este domingo, após visita ao Hospital Garcia de Orta, que “estamos muito próximos do limite” e que todo o Serviço Nacional de Saúde “está numa situação de extremo sobre-esforço”.

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