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Sete dicas para aplicar o subsídio de férias ou o reembolso do IRS

Entre as várias opções, pode pagar ou amortizar dívidas, criar uma poupança ou investir num Plano de Poupança Reforma (PPR) ou criar um fundo de emergência.
14 Julho 2021, 12h23

Já recebeu o subsídio de férias ou o reembolso do IRS e não o quer gastar em despesas de férias, preferindo aplicar o dinheiro?

Entre as várias opções, pode pagar ou amortizar dívidas, criar uma poupança ou investir num Plano de Poupança Reforma (PPR) ou criar um fundo de emergência, segundo as sete dicas do Doutor Finanças.

“Existem dois momentos no ano em que temos algum excedente financeiro, como o subsídio de férias ou o reembolso do IRS. O mais recomendado é utilizar estes rendimentos extra na melhoria das nossas finanças pessoais, gerando poupança e conseguindo uma estabilidade financeira a longo prazo. Por exemplo, caso tenhamos uma ou várias moratórias de crédito, cujo fim está previsto para breve, e ainda não estejamos numa situação financeira confortável, provavelmente a melhor solução será reter o máximo de dinheiro possível, penalizando um pouco as nossas férias deste ano, no sentido de equilibrarmos as nossas finanças”, segundo Rui Bairrada, presidente executivo do Doutor Finanças.

Sete dicas para aplicar o subsídio de férias ou o reembolso do IRS

1 – Amortização e pagamento de dívidas

Para quem tem dívidas ligadas à contratação de créditos pessoais (cartões de créditos, crédito automóvel, entre outros) ou crédito habitação, a possibilidade de amortizar ou saldar este valor através do reembolso do IRS ou do subsídio de férias pode ser uma excelente opção para melhorar as suas finanças pessoais, uma vez que este tipo de encargo tem um impacto direto no orçamento familiar mensal.

Ao amortizar os créditos poderá conseguir um alívio financeiro imediato, uma vez que conseguirá reduzir a prestação ou mesmo eliminá-la.

2 – Aumento do fundo de emergência

O especialista em finanças pessoais e familiares tem partilhado a importância de criar um fundo de emergência para que consigamos fazer face a despesas imprevistas ou a quebra de rendimentos. O objetivo é ter um pé-de-meia que cubra as nossas despesas durante seis meses, para o caso de haver algum imprevisto. Usar parte do subsídio de férias ou do reembolso do IRS pode ser uma ótima estratégia para dar início ou reforçar o fundo de emergência.

3 – Criar poupança para um propósito específico

Pode ser interessante começar a pensar numa poupança que permita dar o primeiro passo para alcançar um objetivo nosso ou da família. É como se criasse um mealheiro para um fim específico: podem ser umas férias, a aquisição de um carro, a compra de um computador ou outro objetivo.

4 – Melhorar a nossa reforma

Podemos investir num Plano de Poupança Reforma (PPR). Trata-se de uma poupança a longo prazo. Por isso mesmo, quanto mais cedo começarmos a poupar regularmente, mais dinheiro vamos amealhar. É muito importante que antes de dar este passo, nos informemos sobre os diferentes tipos de PPR que existem no mercado, uma vez que existem riscos e objetivos diferentes.

5 – Amealhar para despesas futuras mais elevadas

Por exemplo, os seguros anuais (como o seguro do carro), os pagamentos de impostos, ou até o próprio regresso às aulas dos filhos, traduzem-se em diversos encargos financeiros. Nestes casos o reembolso do IRS ou o subsídio de férias são ótimas formas de fazer face a estas despesas sem colocar o nosso orçamento familiar em risco.

Esta sugestão aplica-se também a despesas, que mesmo que não sejam anuais, podem estar em “stand by” por falta de dinheiro.

6 – Apostar na eficiência energética

Ao apostarmos na eficiência energética, além de estarmos a valorizar a nossa casa e a poupar dinheiro na conta de eletricidade, podemos beneficiar de 85% do investimento que fizemos, através do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, que termina a 30 de novembro. As intervenções incluem janelas mais eficientes, instalação de um sistema de ar-condicionado, uma caldeira ou painéis solares. O concurso tem 30 milhões de euros para financiar intervenções.

7 – Investimento

Atualmente existem inúmeros produtos financeiros onde podemos aplicar o nosso dinheiro, com diferentes tipos de risco e rendibilidade, consoante o nosso perfil de investidor. No caso dos Certificados de Aforro do Estado, por exemplo, o risco associado é quase nulo e é um produto de capitalização que rende juros. Além disso, temos uma panóplia de soluções à nossa disposição. Avaliemos o que existe entre as ofertas de depósitos e se não conseguimos é possível aumentar as taxas de depósitos fora de Portugal. Nas soluções dentro da União Europeia os depósitos continuam a estar protegidos em até 100 mil euros por depositante por instituição. Existem ainda os seguros de capitalização, subscritos através de seguradoras ou outras opções mais arriscadas, como os fundos de investimentos, as ações ou as obrigações, entre outras.

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