O setor de engenharia e máquinas está projetado para registar taxas de crescimento robustas em 2025, conforme indica o último relatório da seguradora Crédito y Caución.
A produção mundial de engenharia mecânica deverá recuperar 3,6% em 2025, após uma leve contração de -0,9% em 2024. Este crescimento será impulsionado, em grande parte, pelos Estados Unidos e pela região da Ásia-Pacífico.
Os principais subsetores da produção global de máquinas e equipamentos de engenharia deverão apresentar um desempenho positivo, com a procura fortemente ligada aos setores da construção e transporte.
Ambos os setores são cíclicos e sensíveis aos custos de financiamento. Assim, a atual flexibilização monetária deverá estimular um aumento nas despesas de capital nos próximos meses, prevê a Crédito y Caución.
Além disso, a transição para veículos elétricos resultará em alterações significativas no fornecimento de máquinas para o setor automóvel, com um foco maior em equipamentos elétricos e baterias, sustenta o relatório.
O setor beneficia de fatores como a automatização de processos, a incessante necessidade de avanços tecnológicos e as elevadas barreiras à entrada, que favorecem operadores estabelecidos. Estes têm a capacidade de atender à crescente procuraa por robôs industriais sofisticados, impulsionados pela automação em diversas indústrias, realça o documento.
Tecnologias como impressão 3D, inteligência artificial, Internet das Coisas e análise de big data estão a ser cada vez mais integradas nos processos de fabricação, permitindo que as empresas maximizem a utilização dos dados gerados pelas suas máquinas, resultando numa maior produtividade, redução de custos operacionais e margens de lucro ampliadas.
Entretanto, o setor de engenharia e máquinas enfrenta riscos significativos, segundo a Crédito e Caución. A dependência de segmentos cíclicos pode impactar negativamente a procura, enquanto as empresas precisam de investir fortemente em pesquisa e desenvolvimento para oferecer soluções personalizadas num mercado em constante mudança. A volatilidade nos preços das commodities e a disponibilidade de materiais essenciais, como alumínio, cobre e aço, acrescentam uma camada de incerteza, revela ainda o relatório.
Na União Europeia, que representa 20% da produção global, a previsão é de um crescimento modesto de 1,3% após a contração de -4,9% em 2024.
As perspectivas para o setor transformador permanecem incertas, especialmente devido à fraqueza da economia alemã. As taxas de juros elevadas têm pressionado as margens de lucro das empresas de transformação e construção, dificultando os investimentos em máquinas e equipamentos.
Contudo, espera-se que a flexibilização monetária recente traga uma evolução positiva em 2025 e 2026, em resposta à procura dos principais setores consumidores, como a construção.
Para 2026, projeta-se uma recuperação de 3,4% na produção de máquinas na União Europeia. No entanto, a possibilidade de uma guerra comercial com os Estados Unidos e as distorções fiscais em vários países representam riscos significativos que podem afetar negativamente a indústria.
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