A gigante petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell registou um prejuízo líquido de 18 mil milhões de dólares (cerca de 15,32 mil milhões de euros) no segundo trimestre deste ano.
Segundo o relatório e contas, o valor traduz-se numa queda acentuada em relação a um lucro líquido de três mil milhões de dólares (2,55 mil milhões de euros), registados no mesmo período do ano passado, e de 2,7 mil milhões de dólares (cerca de 2,3 mil milhões de euros) dos primeiros três meses de 2020.
A multinacional reportou um lucro líquido ajustado de 638 milhões de dólares no segundo trimestre, uma queda de 82% em relação ao mesmo período do ano anterior, abaixo da previsão dos analistas, que apontavam uma perda de 664 milhões de dólares. Ben van Beurden, CEO da Shell, disse esta quinta-feira que a empresa registou um cash flow “resiliente” apesar de estar a atravessar “um ambiente extremamente desafiador”.
A empresa ainda foi forçada a fazer uma rebaixa recorde do valor dos seus ativos de petróleo e gás através de uma taxa de redução no valor recuperável de 16,8 mil milhões de dólares depois de rever as suas previsões para os preços globais do petróleo após a pandemia da Covid-19. A depreciação inclui a participação do grupo num campo de petróleo offshore na Nigéria, de propriedade da parceria da empresa italiana de petróleo Eni, que está a ser alvo de um processo judicial, em Itália.
A Shell espera que os preços globais do petróleo permaneçam bem abaixo dos níveis médios de 2019 nos próximos três anos. A petrolífera previa que os preços do petróleo chegassem a 35 dólares por barril em 2020, subindo para 40 dólares em 2021, 50 dólares em 2022 e 60 dólares em 2023. O preço médio do petróleo no ano passado foi de 64,36 dólares por barril.
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