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Shilling lança fundo de 30 milhões de euros para investir em startups tecnológicas

O Shilling Founders Fund, no qual a Atomico está envolvida, está desenhado por fundadores para fundadores e baseia-se num modelo de partilha de lucros. É uma forma de os grandes empreendedores valorizarem (mais) o ecossistema e apoiarem outros jovens gestores que passaram pelos mesmos desafios.
8 Abril 2021, 09h07

A Shilling lançou um novo fundo de 30 milhões de euros para investir em startups tecnológicas em early stage (fase inicial): o “Shilling Founders Fund”, que foi desenhado por fundadores para fundadores e está interessado em financiar os próximos unicórnios portugueses.

O fundo pretende dar aos grandes empreendedores formas de valorizarem (mais) o ecossistema e apoiarem outros jovens gestores que passaram pelos mesmos desafios – uma lógica que os fundadores das startups com rápido crescimento tem adotado, para “dar [apoio] de volta” ao empreendedorismo.

Como? Há três peculiaridades neste fundo: tem mais de 35 experientes founder LPs (limited partners) – também chamados ‘sócios silenciosos’, alguém que investe em uma sociedade para obter uma parte dos lucros, mas não desempenha um papel ativo na sua gestão – que tanto investem no fundo como dão apoio aos empreendedores da próxima geração; baseia-se num modelo de partilha de lucros entre todos os fundadores do portefólio e é gerido por dez senior partners com percursos em indústrias e continentes diferentes.

O Shilling Founders Fund conta com 2 milhões de euros de investimento dos sócios, é 100% subscrito por capital privado (tanto de investidores domésticos como internacionais) e, apesar de querer contribuir para o crescimento e afirmação de Portugal como um hub tecnológico, pode investir até 40% do capital para investimentos internacionais, independentemente da localização dos fundadores destas empresas.

“Chamamos-lhe aceleração com base em experiência. Adicionalmente, usamos um modelo de profit-sharing. Cada fundador do portefólio recebe uma parte do nosso retorno. Esta dinâmica alinha os incentivos da Shilling, dos founder LPs e dos fundadores do portefólio. É transformadora”, garante o managing partner da Shilling, Pedro Santos Vieira.

Fundada por Hugo Gonçalves Pereira, António Casanova, Diogo da Silveira, João Coelho Borges, Juan Alvarez e Pedro Rutkowski em 2011, a Shilling fez duas dezenas de investimentos através do seu primeiro fundo em empresas reconhecidas no ecossistema e globalmente. É o caso da Unbabel, da Bizay (comummente conhecida como 360imprimir), Uniplaces ou Best Tables.

“No nosso programa pre-seed, o processo desde a primeira reunião até ao dinheiro no banco dura, no máximo, 30 dias. O novo fundo e a nova marca expressam a nossa visão: aproximar os empreendedores com experiência que se tornaram investidores no fundo, à dos fundadores do portefólio”, garante Hugo Gonçalves Pereira.

O novo fundo, do qual a Atomico também está por trás, entretanto já investiu em sete empresas: Rows, Vawlt, Promptly, Modatta, Biocol Labs, Decipad e Detech.AI.

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