O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) acusa o Governo de usar os militares num conflito laboral de um setor económico privado.
O SIMM critica que os militares sejam usados para “furar uma greve de privados ao mesmo tempo que dizem não poder fazer nada num diferendo entre privados”.
O sindicato também critica que os militares sejam usados “para ir em socorro e defesa dos lucros dos grandes grupos económicos”.
Esta estrutura sindical é um dos dois sindicatos que vão aderir à greve de 12 de agosto dos motoristas, e deixou críticas aos serviços mínimos estipulados pelo Governo. “Serviços mínimos na ordem dos 75% equivale a um dia normal de trabalho e não a um dia de greve”.
Sobre a conferência de imprensa do Governo na quarta-feira, onde foram anunciados os serviços mínimos, o SIIM diz que o Executivo de António Costa “levou a cabo o maior ataque aos direitos dos trabalhadores pós 25 de Abril, um ataque directo a um direito consagrado na Constituição da República, o direito à greve. Numa clara demonstração de aliança ao poder económico em detrimento dos direitos dos cidadãos e dos trabalhadores, neste caso motorista”.
“Por opção do governo esta deixou de ser uma disputa laboral, o governo optou pela defesa dos ricos contra a classe trabalhadora, eles podem ser ricos, mas nós somos mais”, pode-se ler no comunicado.
“Os motoristas para além dos seus direitos laborais deverão lutar pela sua dignidade e honra do povo português, se ainda há neste país defensores do estado de direito que se juntem a nós, de forma civilizada iremos dar uma lição a estes senhores”, segundo o sindicato.
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