Sindicato dos Quadros da banca reúne esta quarta-feira com o BCP para tentar acordo de atualização salarial

O SNQTB – Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários fez uma proposta  de 5,83% de atualização das retribuições e pensões para 2024, no que respeita ao Acordo Coletivo de Trabalho, ao BCP.

No passado dia 23 de abril o BCP apresentou uma contraproposta de atualização que consiste num aumento de 2,25% para todos níveis; num aumento valor diário do subsídio de alimentação para 13,50 euros; e no aumento de 2,25% das cláusulas com expressão pecuniária (por ex. diuturnidades).

Mas o SNQTB diz que “esta proposta tão insuficiente, quanto desajustada, foi imediatamente rejeitada” e lembra que os resultados do primeiro semestre de 2024 do Millennium BCP ascenderam a 485,3 milhões de euros, tendo o BCP crescido 14,7% face ao período homólogo do ano anterior.

“O resultado da atividade em Portugal foi de 411 milhões de euros, o que constituiu uma subida de 16,2% face ao primeiro semestre de 2023”, sublinha o sindicato liderado por Paulo Gonçalves Marcos.

O BCP “apresenta sólidos rácios de capital, indicadores de liquidez muito acima dos requisitos regulamentares e um crescimento da base de clientes de 4,1%”, sublinha o sindicato.

“Depois de o Millennium BCP ter tido um resultado líquido de 856 milhões de euros em 2023, este ano será igual (e felizmente) muitíssimo positivo.

O Millennium BCP vive assim tempos de assinalável sucesso, devido a todos que integram a comunidade laboral do banco, quer estejam no ativo ou já reformados”, acrescenta o SNQTB que defende que a “esta saúde financeira e resultados recordistas deve corresponder, proporcionalmente, uma merecida e justa atualização dos salários e pensões para 2024”.

Está agendada para amanhã uma reunião com o BCP quanto à atualização para 2024. “O habitual espírito construtivo e disponibilidade negocial do SNQTB não se compadecerão com mais uma proposta insuficiente”, assegura a estrutura sindical que avisa ainda que “caso a proposta do Millennium BCP continue a ser insuficiente, as negociações diretas cessarão”.