Sindicato exige que hotéis paguem salários a 100% dos trabalhadores em lay-off

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte revela que enviou nesta terça-feira, 21 de abril, uma comunicação a todos os hotéis da região a reclamar que estes completem o salário de abril aos trabalhadores que estão em regime de lay-off e, por isso, reponham os 33% do salário reduzido, pagando 100%.

“A direção do sindicato enviou hoje um e-mail a todos os hotéis da região Norte a reclamar que estes completem o salário de abril aos trabalhadores que estão em regime de lay-off e, por isso, reponham os 33% do salário reduzido, pagando 100%”, avança o sindicato em comunicado.

O sindicato fundamenta o seu pedido alegando que os salários praticados no setor da hotelaria “são muito baixo”, acrescentando que a aplicação do lay-off a estes trabalhadores representa “uma redução brutal do rendimento mensal”, sendo que, salientai, “o setor viveu uma situação económica excelente durante os últimos oito anos, com um aumento exponencial de dormidas e receitas e que os preços dos serviços de alojamento e restauração foram sucessivamente atualizados todos os anos, muito acima da inflação registada”

“Por isso, devem completar o salário dos trabalhadores em regime de lay-off, para minimizar a sua frágil e aflitiva situação”, conclui o Sindicato da Hotelaria do Norte.

Segundo este sindicato, continuam a chegar denúncias de empresas que não pagaram o salário de março, dando conta de uma listagem de 12 empresas, com mais de 88 trabalhadores, que não pagaram os salários de março e, em alguns casos, de fevereiro. Sindicato da Hotelaria do Norte denuncia ainda casos de empresas que não entregaram qualquer carta aos trabalhadores informando que requereu lay-off, mas no recibo de vencimento de março fez um desconto alegando lay-off.

“Entretanto, o sindicato tomou conhecimento que algumas empresas onde foi reclamado pelo sindicato o pagamento em falta ou denunciado publicamente, pagaram os salários que deviam aos trabalhadores, o que comprova que vale sempre a pena, reclamar, protestar, denunciar, combater as ilegalidades”, acrescenta.