Sindicato Independente do Comércio e Serviços critica SNQTB

Há uma “guerra” entre sindicatos. Neste caso, entre o sindicato dos quadros da banca e o sindicato dos trabalhadores do sindicato.

O SICOS – Sindicato Independente do Comércio e Serviços, presidido por Fernando Paulo dos Santos, critica o Sindicato Nacional do Quadros Técnicos e Bancários que acusam de “internamente, adoptarem as mesmas práticas laborais daqueles que criticam na esfera pública”.

“Em casa de ferreiro, espeto de pau”, é a expressão usada pelo SICOS para criticar o SNQTB. “Se por um lado transmite para o exterior a imagem de ser uma organização sindical moderna e intransigente na defesa dos direitos dos seus associados e da contratação coletiva, a verdade é que, internamente, adoptam as mesmas práticas laborais”.

O SNQTB adoptou “exactamente a mesma prática” que criticou ao Banco CTT, em relação a uma proposta de Acordo de Empresa apresentada em março de 2024 pelo SICOS – Sindicato Independente do Comércio e Serviços. “Proposta à qual, apesar das insistências, nunca responderam, e que obrigou a uma queixa do SICOS na DGERT e à marcação de uma reunião de conciliação para o próximo dia 27 de novembro de 2024”, aponta o SICOS.

“Resta agora saber se o SNQTB comparecerá na reunião e se irá com uma vontade real de negociar e outorgar um Acordo de Empresa para os associados do SICOS, que representa 25% de um universo de 120 trabalhadores”, acrescenta.

“O SNQTB, no dia 20 de Novembro o SNQTB emitiu um comunicado a denunciar a não comparência do Banco CTT numa reunião de conciliação promovida pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) e, mais uma vez, a criticar o facto desta entidade bancária se recusar a negociar (não respondendo) um Acordo de Empresa para os seus trabalhadores”, lembra o SICOS, que acusa o sindicato liderado por Paulo Gonçalves Marcos de fazer o mesmo que criticou no Banco CTT.

“Da parte do SICOS, parafraseando o comunicado do SNQTB, confirmamos a nossa presença, com o habitual espírito construtivo e disponibilidade negocial”, conclui.