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Sindicatos bancários aplaudem “papel responsável” da DGERT e dizem que negociação para 2019 com o BCP “não está fechada”

Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, Sindicato dos Bancários do Norte e Sindicato Independente da Banca asseguram que não voltarão “a baixar os braços” porque pediram 2,38% de atualização de tabelas e cláusulas pecuniárias e o banco retorquiu com 0,6%.
Cristina Bernardo
14 Setembro 2019, 12h36

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), o Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) e o Sindicato Independente da Banca (SIB) informou os seus associados de que, apesar de o Millennium bcp ter aceitado a proposta apresentada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), a negociação para 2019 “vai continuar” e “não está fechada”.

Em comunicado assinado por assinado por Paulo Marcos (SNQTB), Mário Mourão (SBN) e Fernando Fonseca (SIB), as três estruturas sindicais reforçam a ideia de que mantêm a resiliência e asseguram que não voltarão “a baixar os braços” porque pediram 2,38% de atualização de tabelas e cláusulas pecuniárias e o banco retorquiu com 0,6%.

“É manifestamente apressado e displicente pretender associar os aumentos de 2019 aos de 2018, especialmente, fazendo-o com a anuência daqueles que desistiram da luta ou a deram como perdida”, pode ler-se numa nota publicada esta sexta-feira, na qual os sindicatos bancários aproveitam para elogiar o “papel responsável, imparcial, moderador e muito importante” da DGERT.

Os três sindicatos recordam que o BCP sempre afirmou que não iria proceder a aumentos salariais ou atualizações das claúsulas de expressão pecuniária para 2018 e que, por conseguinte, foi convocada uma reunião geral de trabalhadores e uma manifestação a 22 de maio, no Taguspark. Mais tarde, SNQTB, SBN e SIB desencadearam o processo de conciliação junto do Ministério do Trabalho, através da DGERT.

Posteriormente, o banco criou um mecanismo de atribuição de prémios aos serviços centrais, mas o SNQTB, SBN e SIB lembram que, mesmo nesse período, o Millennium bcp se manteve “irredutível” perante os aumentos salariais. “Fundamentava a sua posição em razões de excecionalidade”. Perante a opinião de que esses fundamentos nunca foram evidenciados, os sindicatos requereram a passagem à fase seguinte da negociação (mediação) e uma audiência na Comissão Parlamentar do Trabalho.

Daqui a menos de duas semanas, a 27 de setembro, os três sindicatos irão reunir-se com a comissão executiva do Millennium bcp sobre a negociação para 2019. “Sem pressas, mas sem pausas, porque quero chegar bem longe”, dizem.

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