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Sines dá mais dois passos rumo à produção de hidrogénio verde a partir de 2025

Um dos projetos visa a produção de hidrogénio verde na antiga central a carvão da EDP e para uso local a partir de 2025. O outro visa a produção em Sines e exportação para os Países Baixos via marítima a partir de 2028.
EDP
16 Dezembro 2022, 18h12

Sines deu mais dois passos esta semana rumo à produção de hidrogénio verde, à base de energias renováveis, com a formalização de dois projetos: H2Sines.RDAM e GreenH2Atlantic.

O GreenH2Atlantic recebeu esta semana o estatuto de projeto PIN (Projetos de Potencial Interesse Nacional) atribuído pela AICEP. A decisão final de investimento será tomada no final de 2023, com o projeto a entrar em operação no final de 2025.

Este consórcio é constituído pela EDP, Galp, ENGIE, Bondalti, Martifer, Vestas Wind Systems A/S e conta ainda com a participação de McPhy e Efacec, assim como parceiros académicos e de investigação tais como ISQ, INESC-TEC, DLR e CEA, além do cluster público-privado Axelera.

O projeto tem como objetivo criar 1.147 postos de trabalho diretos e 2.744 indiretos “ao longo de toda a cadeia de valor do hidrogénio”. O total de investimento previsto é de mais de 150 milhões de euros, dos quais 30 milhões de euros têm origem em fundos atribuídos pela Comissão Europeia.

“A central de produção de hidrogénio verde do GreenH2Atlantic em Sines consiste na adaptação e reaproveitamento das infraestruturas da maior central de produção de energia elétrica a carvão do país, que terminou a sua operação em janeiro de 2021, num inovador centro de produção de hidrogénio, com capacidade de produção de hidrogénio através eletrólise de 100MW. Com esta reconversão, o projeto GreenH2Atlantic contribui para um modelo de produção energética totalmente enquadrado nas metas de descarbonização nacionais e europeias”, pode-se ler no comunicado do consórcio.

No caso do H2Sines.RDAM, foi hoje assinado o memorando de entendimento na cidade alentejana que “formaliza o projeto para a criação de um corredor de Hidrogénio Verde a ligar Portugal e os Países Baixos, por via marítima”. No evento, esteve presente o ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos.

A ideia é produzir hidrogénio verde na cidade do distrito de Setúbal, a partir de energias renováveis, e envia-lo via marítima para os Países Baixos, onde será consumido pela indústria local ou de outras regiões industriais como na do Reno, na Alemanha.

O projeto vai ser desenvolvido por um consórcio que conta com a ENGIE, Shell, Vopak e Anthony Veder.

“Este projeto tem como objetivo a produção de hidrogénio verde, através de um processo de eletrolise, numa unidade a localizar na Zona Industrial e Logística de Sines, seguindo-se a liquefação do H2 e consequente expedição em navio dedicado, do Porto de Sines para o Porto de Roterdão, já em 2028, tendo como clientes finais empresas de transporte pesado de mercadorias”, segundo o comunicado do porto de Sines.

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