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“Situação de vida ou morte”. Presidente da Huawei ameaça trabalhadores

Este comunicado vem na sequência dos Estados Unidos excluírem um conjunto de empresas, na sua maioria asiáticas, alegando razões de segurança nacional.
20 Agosto 2019, 14h57

Num comunicado dirigido aos funcionários da Huawei, Ren Zhengfei, fundador da gigante chinesa, afirma que a empresa se encontra numa situação “de vida ou morte”. O alerta surge na sequência de os Estados Unidos excluírem um conjunto de empresas, na sua maioria asiáticas, alegando razões de segurança nacional.

Segundo a “Reuters”, o empresário, antigo oficial do Exército chinês e membro do Partido Comunista chinês, sugere, através de analogias militares, que os seus funcionários formem um “esquadrão de comando” com vista a explorarem novos projetos dentro da empresa.

A sugestão transforma-se em ameaça, quando Zhengfei diz que “quem não cumprir com o plano de produtividade da empresa, verá o seu salário ser cortado a cada três meses” ou até poderão perder os empregos.

O gabinete de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos Estados Unidos decidiu prolongar por 90 dias a estadia destas empresas em território norte-americano. Os Estados Unidos justificam que o alargamento do prazo tem como objetivo permitir que os consumidores norte-americanos tenham tempo para se desvincular dos aparelhos que ainda possuem da marca chinesa.

A gigante chinesa já se pronunciou sobre o caso, e afirma que decisão de excluir a Huawei e as suas 46 filiais do território norte-americano se deve a motivações políticas infundadas.

Apesar das pressões externas, a Huawei faturou 53,331 milhões de euros (401,300 milhões de ienes) no primeiro semestre de 2019, o que representa um incremento de 23,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

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