Sustentabilidade e preocupação ético-ambiental são as tendências que vão marcar o setor imobiliário no ano de 2020.

A preocupação com as alterações climáticas e o empenho na recuperação do meio ambiente é transversal a todos os setores. O imobiliário não será exceção. Com efeito, a procura crescente por produtos Smart Home, com diferentes materiais de construção e novos métodos, será uma tendência que vai permitir maior eficiência energética, automatização de sistemas e de equipamentos, poupança de tempo e melhor qualidade de vida.

Os edifícios serão construídos em altura, numa ótica de diminuir a pegada ecológica com um melhor aproveitamento espacial, aumentando a criação de espaços verdes e de lazer/desporto. A construção modular estará cada vez mais presente, com a tecnologia a permitir construir a casa de sonho como se de um “Lego” se tratasse, acelerando a construção, reduzindo desperdícios e evitando poluição sonora.

Estas mudanças vão refletir-se também no papel do consultor imobiliário. Este terá de se adaptar às necessidades do mercado, utilizando a tecnologia a seu favor, numa ótica de poder prever comportamentos e tendências, automatizando processos e poupando tempo.

Com os recentes avanços tecnológicos e com o intuito de reduzir a pegada de carbono, tudo o que envolve o negócio imobiliário deverá passar a ser digital, reduzindo assim a utilização de papel numa ótica processual e de promoção do negócio. A assertividade no processo de compra, venda ou arrendamento e um nível de acompanhamento de excelência serão a chave para o sucesso.

A Indústria 4.0, enquanto principal alavanca das Smart Cities, vai impactar todo o setor imobiliário. O enorme desenvolvimento urbano registado nos últimos anos vai continuar a colocar grandes desafios às cidades ao nível da mobilidade, com uma redução acentuada de estacionamento e o aumento do fluxo de transportes e habitantes. Paralelamente, as zonas adjacentes aos grandes centros urbanos vão continuar a desenvolver-se, com diversos empreendimentos a ganhar forma, o que será uma janela de oportunidade para a classe média.

Por fim, existe grande expectativa quanto aos incentivos fiscais que entraram em vigor sob a designação de Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI). Espera-se que possam atrair ainda mais investimento estrangeiro, contribuindo para a continuação da boa performance do setor, tendo presente que 2020 será um ano exigente para os vários players do imobiliário.