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SNMMP junta-se à Fectrans e Antram e assina acordo para contrato coletivo de trabalho dos motoristas

Só falta o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias apreciar o acordo para o novo contrato coletivo de trabalho dos motoristas de pesados de mercadorias, mas tal só acontecerá no fim de semana, quando a estrutura sindical tiver realizado um plenário para discutir o acordo final.
pardal henriques
Pedro Antunes/Lusa
15 Outubro 2019, 12h20

Depois do texto final que vai constar do Contrato Coletivo de Trabalho Vertical (CCTV) dos motoristas ter sido apreciado, aceite e assinado pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores das Empresas de Transporte (Fectrans) e pela Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), também o Sindicato nacional de Motoristas de Matérias Perigososas (SNMMP) vai assinar o acordo, avança o jornal “Público” esta terça-feira, 15 de outubro.

O mesmo documento será assinado pelo SNMMP, o mesmo organismo sindical que liderado por Pedro Pardal Henriques e Francisco São Bento paralisou a distribuição de combustíveis por duas vezes em 2019.

Citado pelo “Público”, o vice-presidente e porta-voz do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, confirmou que também o seu sindicato vai assinar o  acordo com a Antram, para quem tal consenso só foi alcançado “graças à luta dos motoristas, ao contrário dos 1,6% de aumento que inicialmente a Fectrans pedia”.

O CCTV prevê uma atualização em 11,1% da tabela salarial para os motoristas de pesados, bem como “as principais cláusulas pecuniárias” em pelo menos 4%. De acordo com a Fectrans, citada pelo matutino, “O resultado da negociação traduz-se num CCTV com nova estrutura, que contém uma parte geral e que autonomiza os capítulos referentes ao transporte nacional, outro ao internacional/ibérico e outro sobre as matérias perigosas”, visto que ficaram resolvidos vários pontos que opunham transportadoras e motoristas, entre os quais a definição de limites nos tempos de trabalho.

O entrada do SNMMP neste acordo tem relevância, tendo em conta que este sindicato protagonizou duas greves dos motoristas de matérias perigosas. A primeira paralisação foi em abril deste ano e a segunda ocorreu durante a época de verão, durante sete dias consecutivos no mês de agosto.

A greve dos motoristas de matérias perigosas levou mesmo o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível em todo o país. A postura do SNMMP levou mesmo à entrada de um pedido de dissolução do sindicato no Ministério Público.

O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM), que chegou a associar-se à greve de agosto, também vai apreciar o acordo para o novo CCTV, mas tal só acontecerá no fim de semana, quando a estrutura sindical tem marcado um plenário para discutir o acordo final.

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