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SNQTB na assembleia do BCP para defender rapidez na devolução das retribuições aos trabalhadores

Entre os vários pontos da ordem de trabalhos da AG do BCP de hoje, o SNQTB irá votar a favor da proposta de aplicação de resultados do exercício de 2019 e na qual está prevista a devolução das retribuições retidas aos trabalhadores.
  • Cristina Bernardo
20 Maio 2020, 12h52

“Estaremos presentes e iremos pronunciar-nos como sempre temos feito, com o sentido de voto que tem em consideração a defesa dos direitos dos nossos associados, trabalhadores e reformados dos Millennium bcp. É nosso dever manifestarmo-nos em concordância com esse compromisso”, anunciou o presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos e Bancários (SNQTB).

A assembleia-geral de acionistas do BCP realiza-se hoje, dia 20 de maio, às 14h30, por meios à distância.

Entre os vários pontos da ordem de trabalhos, o SNQTB irá votar a favor da proposta de aplicação de resultados do exercício de 2019 e na qual está prevista a devolução das retribuições retidas aos trabalhadores.

O banco anunciou que vai compensar os trabalhadores com 5,3 milhões de euros pelos cortes salariais entre 2014 e 2017.

Assim, vai pagar até 1.000 euros aos trabalhadores que não foram já integralmente compensados com os resultados distribuídos em 2019. O banco tem 5,28 milhões de euros para dar aos colaboradores.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) irá marcar presença esta tarde na Assembleia Geral Anual de Acionistas do Millennium bcp, em representação dos seus associados, refere a instituição liderada por Paulo Gonçalves Marcos.

“A devolução das retribuições retidas é uma das nossas principais preocupações, mas mantemos o princípio que sempre defendemos: a devolução deve ser feita no mais curto período de tempo e pelo valor global retido. Como temos vindo a afirmar, a devolução das retribuições retidas aos trabalhadores, aquando do processo de reestruturação do Banco, deveria ter sido feita na mesma forma em que foi feita a retenção: de uma só vez”, defende o presidente do SNQTB.

O sindicato irá ainda votar a favor da eleição da mesa da assembleia geral para o quadriénio 2020/2023, no entanto considera que com a eleição de dois elementos da mesma sociedade de advogados o banco irá perder uma oportunidade de introduzir maior diversidade na representação deste órgão.

No que respeita ao ponto relativo ao relatório de gestão, balanço e contas individuais e consolidadas, relativos ao exercício de 2019, incluindo o Relatório do Governo Societário, o mesmo sindicato irá votar contra, por considerar que a negociação coletiva referente a 2019 não está concluída, uma vez que não feita a atualização das tabelas de diuturnidades. “Tendo por base esta consideração, o SNQTB também irá votar contra o ponto referente à apreciação geral da administração e da fiscalização do Sociedade”, defende a estrutura sindical.

O banco liderado por Miguel Maya cancelou a distribuição de dividendos devido ao impacto económico da pandemia do Covid-19, mas quer retomar a distribuição acionista quando for ultrapassada a crise.

A AG tem seis pontos na ordem de trabalhos: aprovação das contas de 2019 (lucros consolidados de 302 milhões de euros), aplicação de resultados, apreciação da administração, política de remuneração dos órgãos sociais, aquisição e alienação de ações próprias e eleição da mesa da assembleia-geral (2020/2023).

Na proposta relativa à aplicação de resultados, o conselho de administração do banco indica que haverá o pagamento da compensação salarial aos trabalhadores (no valor total 5,281 milhões de euros), para compensação parcial dos cortes que sofreram entre junho de 2014 e junho de 2017, mas que não haverá distribuição de dividendos, tal como já tinha anunciado.

Desde modo, dos resultados retidos, a administração do BCP vai propor que 14,9 milhões de euros sejam transferidos para reserva legal do banco, enquanto um mínimo de 120 milhões sejam resultados transitados.

Vai ainda ser levado à votação o ponto relativo à política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização.

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