O Bloco de Esquerda pediu e os outros partidos assinaram por baixo, mas a presença de José Sócrates na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósito não foi aceite pelo ex-primeiro-ministro. A TSF diz que o nome do ex-governante era um dos mais esperados.
Numa reunião de coordenadores da comissão, o BE propôs que Sócrates pudesse responder por escrito, não sendo necessária a sua presença, algo que o PSD não aceitou, sendo os sociais-democratas continuaram a insistir na presença do antigo primeiro-ministro no Parlamento.
Apesar de estes dois partidos não terem chegado a um consenso, o convite seguiu para a morada disponibilizada por José Sócrates. A resposta do ex-governante foi negativa em relação à comparência no Parlamento. Luís Leite Ramos, presidente da comissão, informou esta quarta-feira que José Sócrates se recusa a ser ouvido, aceitando apenas responder por escrito às perguntas dos deputados, sendo um direito seu.
De acordo com o Regime Jurídico dos Inquéritos Parlamentares, “gozam da prerrogativa de depor por escrito, se o preferirem, o Presidente da República, os ex-presidentes da República, o Presidente da Assembleia da República, os ex-presidentes da Assembleia da República, o primeiro-ministro e os ex-primeiros-ministros”, como é o caso de Sócrates.
O ex-primeiro-ministro recorreu a esse regime para responder à comissão parlamentar de inquérito sobre o pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade.
O Partido Socialista sugeriu, também esta quarta-feira, que a ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, também respondesse às questões dos partidos por escrito. A própria recusou a proposta do PS, mostrando-se disposta a estar presente na segunda comissão de inquérito que irá analisar a recapitalização da CGD.
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