O ex-primeiro-ministro José Socrates obteve uma “meia vitória” no aspecto jurídico da decisão instrutória da Operação Marquês, mas teve uma derrota “colossal” do ponto de visto político, porque o juiz Ivo Rosa “concedeu” que o ex-governante foi corrompido, apesar de não ir a tribunal por esse crime, afirmou este domingo o comentador Luís Marques Mendes.
“Do ponto de vista jurídico José Socrates teve uma meia vitória. Era acusado de um conjunto de grandes crimes, e só vai a julgamento por branqueamento e falsificação”, afirmou Marques Mendes, no espaço de comentário semanal na SIC Notícias.
“Do ponto de visto político, que para ele é importantíssimo, eu acho que ele teve uma derrota colossal. Porquê? Porque o objectivo dele era não ir a julgamento. Vai a julgamento e até pode ter uma pena de prisão efetiva. Segundo, ele esperava não ir a julgamento”, disse. “A prova era que tinha em segredo um livre preparado, que hoje soube-se, para a seguir à instrução cantar vitória”.
Marques Mendes salientou que “mesmo nos crimes de corrupção, em que o juíz o ‘ilibou’ tem de esperar, não sabe ainda, porque a Relação vai decidir, porque esta decisão é provisória”.
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