Foi instalada no piso zero do edifício D do Santander Portugal na rua da Mesquita em Lisboa, que goza de ótima exposição solar. A caixinha móvel, equipada com vários sensores, dá corpo a uma sonda de diagnóstico que permite medir aspetos ao nível do ambiente e recolher dados de apoio à decisão que podem melhorar o conforto dos utilizadores deste espaço de trabalho.
O projeto, desenvolvido por dois alunos de doutoramento do Instituto Superior Técnico – João Ribeiro, de Engenharia e Gestão, e Rui Silva, de Engenharia Informática – dá pelo nome de SensEfficency e foi um dos quatro finalistas do TecInnov Santander Innovators Challenge 2020, um exemplo da relação entre a Universidade e a Empresa, com resultados práticos.
Pedro Simões, engenheiro, responsável de Obras e Manutenção do Santander Portugal, é o tutor e, no final, analisará os resultados com os alunos. Para já, todas as possibilidades estão em aberto, como salienta João Ribeiro: “Vai depender muito desse feedback que vamos ter e depois quem sabe… continuar no futuro esta experiência”.
O TecInnov Santander Innovators Challenge 2020 desafiou a comunidade académica a desenvolver projectos que resolvessem problemas específicos da banca. Os temas foram especialmente pensados para o universo do Técnico e os estudantes não desiludiram. Além de SensEfficency foram selecionados para passar à fase de implementação: Consumer Experience 4.0, ParQ e Alloci. Os quatro projectos partilham a visão de futuro e a inovação.
A equipa de Consumer Experience 4.0 recorreu a técnicas de deep learning e inteligência artificial para criar um sistema que permite medir e avaliar o comportamento dos clientes no interior de um balcão: quanto tempo ficam, por exemplo, no interior da sucursal ou quais as zonas onde passam mais tempo.
O grupo de alunos que encabeçou o projecto ParQ deu vida a uma plataforma que permite gerir os lugares de estacionamento, aumentar a rotatividade dos mesmos e maximizar a taxa de ocupação, e simplificar todo o processo de reserva.
Já os autores de Alloci chamaram a si a resolução do problema da variabilidade na perceção de conforto térmico dos colaboradores do banco. Para isso desenvolveram sensores que medem a oscilação da temperatura nos vários espaços e uma plataforma para que possam reportar esse desconforto. A conjugação dos dados na plataforma permitirá ao gestor do edifício adequar os sítios de trabalho e os sistemas de climatização ao conforto dos colaboradores.
Fernando Vieira, gestor de Talento do Santander Portugal, destaca o nível do Técnico em termos de dotação de competências técnicas. Por seu turno, os alunos manifestam disponibilidade para continuar os projetos com o Santander e até ‘transportá-los’ para o mercado e outras áreas de atividade.
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