A Sonae Capital registou um prejuízo de 5,4 milhões de euros no final do primeiro trimestre do ano em curso – mais 6% que os 5,07 milhões de período homologo do ano passado – o que o grupo atribui, apesar da proximidade dos números, aos primeiros sintomas da pandemia nas contas consolidadas.
Mesmo assim, a Sonae Capital atingiu um volume de negócios consolidado da ordem dos 101.9 milhões de euros, mais 200% que os 33.94 milhões do primeiro trimestre de 2019. O EBITDA das unidades de negócio aumentou 6,2%, para 5,2 milhões. Já o investimento ascendeu a 7,6 milhões de euros, “com avanços no desenvolvimento da central de cogeração alimentada a biomassa, na energia, e a implementação do plano de expansão no Fitness”, segundo comunicado enviado à CMVM. A solidez financeira foi reforçada, contando com 73,5 milhões em liquidez e linhas disponíveis
“Como sabemos, o primeiro trimestre de 2020 encerrou num contexto muito particular, que trouxe um desafio sem precedentes para a Sociedade, Estados, Empresas ou Indivíduos. Não obstante, as Unidades de Negócio da Sonae Capital registaram ainda um desempenho positivo, quer ao nível do Volume de Negócios, quer do EBITDA. Na Unidade de Activos Imobiliários, dando cumprimento ao plano de monetização em curso, completámos escrituras no valor de 3,8 milhões de euros, às quais acresce uma carteira de CPCVs e Reservas de 38,3 milhões de euros”, disse Miguel Gil Mata, CEO do grupo, citado pelo comunicado.
No contexto do portefólio de negócios da Sonae Capital, “o nosso segmento de Energia não foi sujeito a impactos materiais decorrente da pandemia COVID-19, mas noutros segmentos, nomeadamente Engenharia Industrial e Activos Imobiliários, já se fez sentir um abrandamento nos níveis de actividade, enquanto que os restantes segmentos, como Fitness, Hotelaria e Tróia Operações, viram as suas operações suspensas a partir de meados de Março. Como tal, os Resultados que hoje anunciamos encontram-se parcialmente impactados pela pandemia COVID-19, sendo que, no segundo trimestre, o impacto será mais severo por abarcar meses de encerramento completo destas unidades”.
Ainda assim, os dois primeiros meses do ano decorreram “de forma bastante favorável na generalidade dos segmentos, sendo de assinalar a evolução positiva do EBIT das Unidades de Negócio, com um crescimento de 66% face ao período homólogo de 2019. À data deste relatório, fruto das operações de refinanciamento que têm vindo a ser efectuadas, apresentamos cash e linhas disponíveis no montante de 72,5 milhões de euros, contribuindo assim para o aumento da resiliência do nosso Balanço o que, no contexto actual, permite encarar os próximos meses com confiança e a continuar a perseguir os objectivos estratégicos do grupo”.
O segmento de Energia registou um volume de negócios de 80,5 milhões, mais do que quintuplicando face aos 14 milhões do período homólogo, e o EBITDA cresceu 6,2%, para 3,8 milhões de euros.
No primeiro trimestre de 2020, o volume de negócios do negócio de Fitness aumentou 6,2%, para 10,7 milhões, impulsionado pelo número superior de sócios activos, que ascendeu a 105 mil, 17,8% acima do período homólogo de 2019. O EBITDA consolidado situou-se em 3,3 milhões, o que representa um crescimento de 1,8%.
No segmento de hotelaria, o desempenho do primeiro trimestre de 2020 encontra-se impactado pelo desempenho do mês de Março, “em virtude do abrandamento do fluxo turístico em Portugal devido à rápida propagação da pandemia, conduzindo posteriormente ao encerramento das unidades hoteleiras a partir do dia 15 de Março de 2020”. O volume de negócios situou-se assim em 2,3 milhões de euros, 23,8% abaixo do período homólogo de 2019.
No segmento de engenharia industrial, o volume de negócios situou-se em 2,8 milhões, 8% acima do período homólogo de 2019.
No segmento das operações em Tróia o volume de negócios totalizou 1,6 milhões de euros, 1,7% abaixo do período homólogo.
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