Sonae, Carrefour e Lidl estudam lançamento de OPA sobre dona do Minipreço

Existem mais três grupos de distribuição europeu, que ponderam lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), sobre o grupo Dia. A portuguesa Sonae, a francesa Carrefour e a germânica Lidl, estão a ponderar, de acordo com o jornal “Expansión”, a possibilidade de lançar uma proposta à distribuidora espanhola.

O Dia foi alvo de uma proposta do fundo LetterOne, cujo líder é o multimilionário russo Mikhail Fridman, que no passado dia 5 de feveireiro, lançou uma OPA sobre 70,09% da cadeia de supermercados espanhola, na qual detém uma participação de 29%. As ações do Dia estão esta quinta-feira a valorizar 1,81%, para 0,67 euros.

A OPA do empresário russo tem como objetivo a saída da bolsa e a valorização da retalhista em cerca de 500 milhões de euros. Além da oferta, o fundo controlado por Fridman planeia lançar o que denominou de ‘Plano de Resgate Integral’, com três fases, sendo que a primeira será o lançamento da própria OPA.

A possibilidade de novas ofertas para o grupo Dia acontece dias antes da assembleia de acionistas, na qual o aumento de capital no valor de 600 milhões deverá ser aprovado. Esta de resto foi a razão pela qual Mikhail Fridman e os representantes do fundo LetterOne deixaram os seus cargos no conselho de administração, já que consideram esta verba insuficiente.

Na semana passada o grupo Dia apresentou os resultados de 2018, no qual registou prejuízos de 352,6 milhões de euros em 2018. Um valor que contrasta com os 101,2 milhões de euros de lucros registados em 2017. As vendas da companhia também recuaram 11,3% em 2018 para um total de 7.288,8 milhões de euros, o que vai obrigar a empresa a despedir 2.100 empregados.

Na última segunda-feira, a dona dos supermercados Minipreço colocou à venda em Portugal, 71 lojas da cadeia de perfumarias Clarel, juntamente com o supermercado espanhol Max Descuentos. Ainda assim, o grupo Dia, o dono das lojas Minipreço, encontrou um inconveniente nesta operação de venda que não estava à espera: a perda de valor da cadeia Clarel, que em 2018, registou perdas de investimento no valor de 51.370 milhões de euros.