Sonae e Jerónimo Martins animam PSI-20. Bolsas europeias acabam semana mistas

As bolsas europeias fecharam a sessão desta sexta-feira, a última da semana, maioritariamente em terreno positivo, perante a confirmação de que a produção industrial da zona euro aumentou mais do que o esperado pelos analistas em setembro. A praça lisboeta não destoou e encerrou as negociações com uma subida de 0,64% para 5744,02 pontos.

A impulsionar o principal índice português esteve a Sonae, que disparou 5,84% para 1,0690 euros, e a Jerónimo Martins, cujos títulos saltaram 2,51% para 21,20 euros, no dia em que ultrapassaram pela primeira vez este valor. Anteontem, a dona do Continente apresentou lucros de 158 milhões de euros até setembro e, há duas semanas, havia sido a vez da proprietária do Pingo Doce: 324 milhões de euros, o que significou uma subida de 48%.

A Redes Energéticas Nacionais (REN) foi uma das cotadas em destaque, porque as ações estiveram a cair mas recuperaram para +0,80% para 2,520 euros apesar de , nos primeiros nove meses de 2021, o lucro ter baixado 10,1% para 68,4 milhões de euros e o EBITDA ter caído 2,6% em termos homólogos, para 343,4 milhões de euros por causa de uma menor remuneração da base de ativos regulados e uma queda na contribuição do OPEX.

No resto da Europa, as bolsas dividiram-se entre ganhos e perdas. O índice alemão DAX encerrou com uma subida de 0,13%, o britânico FTSE 100 caiu 0,50%, o francês CAC 40 somou 0,45%, o holandês AEX ganhou 0,48%, o italiano FTSE MIB valorizou 0,37% e o espanhol IBEX 35 deslizou 0,17%. O Euro Stoxx 50 ficou marcado por uma valorização de 0,29%.

“O sector de bens de consumo mostra-se em bom plano, impulsionado por cotadas como LVMH, Burberry e Hermes. Isto porque a Richemont reportou bons resultados do primeiro semestre e dispara mais de 9%. Já o de viagens e lazer lidera as perdas na Europa, possivelmente pressionado pelo aumento de novas infeções Covid-19 no Continente. No seio empresarial a Renault está animada pela reavaliação positiva por parte da Morgan Stanley”, destaca Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, numa nota de mercado.

Os preços do gás natural tombam 5,12% para 4,886 dólares, depois de o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, ter ameaçado encerrar um pipeline que transporta gás natural da Rússia para a União Europeia. Já o preço do ‘ouro negro’ está a descer menos de 1%. O preço do WTI, produzido no Texas, perde 0,72% para os 81,00 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a desvalorizar 0,70% para os 82,38 dólares.

Quanto ao mercado cambial, o euro está praticamente inalterado face ao dólar (-0,01%) para os 1,1449 dólares, enquanto a libra esterlina sobe 0,31% face à moeda dos Estados Unidos, para os 1,3413 dólares.