A Soane Indústria atingiu no final do primeiro semestre do ano lucros de 2,4 milhões de euros que, pela ausência de resultados extraordinários, contrasta com os mais de 18,9 milhões do mesmo período do ano passado, dado representar uma queda de mais de 87%.
No mesmo período, o EBITDA recorrente atingiu os 13,1 milhões de euros, para um volume de negócios proporcional de 316 milhões. Já o EBITDA recorrente proporcional foi de de 36 milhões de euros e o rácio de dívida líquida para EBITDA recorrente proporcional foi de 4,8x.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Paulo Azevedo, presidente da administração da Sonae Indústria, disse que “é com agrado que comunico que a Sonae Indústria atingiu resultados líquidos positivos no segundo trimestre de 2019 de cerca de 1,2 milhões de euros, conduzindo a um resultado líquido no primeiro semestre de 2019 de cerca de 2,4 milhões de euros”.
Os negócios integralmente detidos “apresentaram uma melhoria significativa do EBITDA recorrente no trimestre quando comparado com os dois trimestres anteriores”, o que ficou a dever-se “ao nosso negócio da América do Norte que, após os efeitos negativos do incêndio que ocorreu em novembro e do frio extremo que se fez sentir no primeiro trimestre, conseguiu estabilizar a produção e aumentar os volumes de vendas e margens”.
Devido ao facto de um dos principais ativos da Sonae Indústria (a participação de 50% na Sonae Arauco) ser contabilizado pelo método da equivalência patrimonial, o grupo apresenta indicadores proporcionais não auditados, que consideram os resultados totais dos negócios integralmente detidos e a consolidação proporcional da contribuição de 50% da Sonae Arauco.
Assim, o volume de negócios proporcional no primeiro semestre foi cerca de 1,1 milhões de euros inferior ao verificado no mesmo período de 2018. “Esta evolução resulta de uma menor contribuição da Sonae Arauco de 5,6 milhões de euros, que foi afetada pela redução dos volumes de vendas. O aumento em 4,5 milhões de euros do volume de vendas dos negócios integralmente detidos não foi suficiente para compensar aquele descréscimo”, refere o comunicado.
Já o EBITDA recorrente proporcional neste semestre atingiu 36 milhões de euros (incluindo o impacto positivo de dois milhões de euros da aplicação da IFRS 16), cerca de 6,3 milhões de euros menor face ao primeiro semestre de 2018 devido a uma menor contribuição quer dos negócios integralmente detidos quer da Sonae Arauco.
O investimento em empreendimentos conjuntos (participação de 50% na Sonae Arauco) atingiu 212,0 milhões de euros, o que representa uma redução de cerca de 4,2 milhões de euros quando comparado com o valor contabilístico registado no final do primeiro trimestre do ano para este investimento, “sobretudo devido ao impacto do valor de dividendos a pagar pela Sonae Arauco à Sonae Indústria contabilizados no segundo trimestre do ano e a serem liquidados no trimestre em curso num montante de cerca de 6 milhões de euros (os quais justificam por seu lado o aumento da rubrica ativos correntes) e apesar do impacto positivo da nossa participação nos resultados da Sonae Arauco no trimestre de 1,9 milhões de euros.
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