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Sonae Indústria diminui prejuízos para seis milhões de euros

Num ano profundamente marcado pela diminuição dos negócios em todas as geografias, o grupo conseguiu recuperar e o segundo semestre acabou por compor os ‘estragos’ do primeiro semestre.
26 Março 2021, 22h48

Os resultados líquidos de 2020 da Sonae Indústria de 2020 foram negativos em cerca de seis milhões de euros, mas revelam uma melhoria de 55,4% face aos resultados líquidos negativos de 13,4 milhões registados em 2019. O grupo enfatiza ainda o facto de, na segunda metade de 2020, os resultados líquidos terem sido positivos em cerca de 1,3 milhões de euros, uma melhoria de cerca de 8,5 milhões quando comparados com o primeiro semestre de 2020.

Por outro lado, o volume de negócios consolidado atingiu 201,8 milhões de euros em 2020, uma redução de 12,2% face ao ano passado. O EBITDA recorrente fixou-se, no mesmo período, nos 28 milhões de euros, mais 1,6 milhões que em 2019, com uma margem EBITDA de 13,9%, diz o grupo em comunicado enviado à CMVM. A dívida líquida sénior proporcional foi de 299 milhões de euros.

A Sonae Indústria revela ainda a entrada em produção da nova fábrica no Canadá, a renovação completa de uma das duas linhas de produção de aglomerado de partículas no Canadá e o facto de a Sonae Arauco ter concluído o investimento numa nova prensa contínua de aglomerado de partículas em Beeskow, na Alemanha.

Devido ao facto de um dos principais ativos da Sonae Indústria (a participação de 50% na Sonae Arauco) ser contabilizado pelo método da equivalência patrimonial, o grupo, como sempre, apresenta os indicadores proporcionais, que consideram os resultados totais dos negócios integralmente detidos e a consolidação proporcional da contribuição de 50% da Sonae Arauco.

O volume de negócios proporcional em 2020 sofreu uma redução de cerca de 68,6 milhões de euros quando comparado com 2019, para os 537 milhões. “Esta evolução resulta maioritariamente de uma menor contribuição da Sonae Arauco (menos 40,4 milhões), que foi sobretudo afetada por uma redução dos volumes de vendas totais em todas as regiões, mas também da Sonae Indústria, com um contributo menor em cerca de 28,2 milhões de euros, devido essencialmente ao nosso negócio da América do Norte com menores volumes de vendas”. No entanto, ressalva o grupo, a segunda metade do ano foi marcada por uma recuperação da atividade, com um aumento do volume de negócios proporcional de 38,3 milhões de euros quando comparado com o o primeiro semestre de 2020 e uma redução de cerca de 1,7 milhões quando comparado com o segundo semestre de 2019”.

O EBITDA recorrente proporcional no período em análise foi de 63,9 milhões de euros, um aumento de cerca de 0,1 milhões face a 2019, com a contribuição da Sonae Arauco a ser menor do que em 2019. “No entanto, a recuperação material do volume de negócios proporcional no segundo semestre permitiu uma melhoria do EBITDA recorrente proporcional de cerca de 15,7 milhões de euros e 11,9 milhões de euros, quando comparado com o primeiro semestre de 2020 e o segundo semestre de 2019, respetivamente”.

O investimento em empreendimentos conjuntos (participação de 50% na Sonae Arauco) atingiu 210,1 milhões de euros em 2020.

Paulo Azevedo, presidente do conselho de administração da Sonae Indústria, comentou, citado pelo comunicado, que “após um período particularmente difícil entre março e maio, os nossos negócios demonstraram uma resiliência surpreendente e recuperaram claramente durante o segundo semestre de 2020”.

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