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Sonangol com receitas de 16 mil milhões de euros em 2018

A Sonangol pagou 1.572 mil milhões de dólares em impostos ao Estado durante o ano passado, deduzidos de um volume de negócios de 17,7 milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros) ao longo daquele período, anunciou, em conferência de imprensa realizada em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da petrolífera. Carlos […]
26 Fevereiro 2019, 09h02

A Sonangol pagou 1.572 mil milhões de dólares em impostos ao Estado durante o ano passado, deduzidos de um volume de negócios de 17,7 milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros) ao longo daquele período, anunciou, em conferência de imprensa realizada em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da petrolífera.

Carlos Saturnino indicou, esta segunda-feira que 8,9 mil milhões de dólares resultaram de receitas directas da empresa, detida maioritariamente pelo Estado angolano, e a outra parcela das empresas onde a companhia detém participações. A empresa de hidrocarbonetos, de acordo com o gestor, segue uma trajetória de redução de custos desde a entrada em funções, em Setembro de 2017, do atual chefe de Estado.

No ano passado, segundo Carlos Saturnino, a Sonangol poupou 1.483 milhões de dólares, sendo mil milhões nos blocos 20 e 21, outros 391 milhões com o frete de navios sonda, quatro milhões em pagamentos Odebrecht e 20 milhões nas atividades de pesquisa e produção. As poupanças obtidas, referiu, não incluem o montante aplicado na reativação dos investimentos da empresa, que perderia 250 milhões de dólares no Iraque em multas, no ano passado, se não tivesse cumprido com as suas obrigações.

Durante o ano transato, a empresa assinou novos acordos, visando repor os níveis operacionais, tendo em conta o desgaste de alguma áreas de exploração. Com a BP rubricou um acordo de investimento no Campo Platina, no Bloco 18, e outro acordo para extensão da licença de produção do projecto Grande Plutónio no mesmo bloco, com a perspetiva de vir a ter uma participação de 8%.

Ainda com a BP, foi rubricado um acordo para exploração nos blocos 18 e 31 e outro para estudo de opções no Bloco 18/15. A entrada em produção do Projecto Kaombo atingiu, em Dezembro passado, 107 mil barris, o pico da previsão inicial.

O grande revés que a empresa teve, em 2018 (um processo que se repete desde 2014, de acordo com Carlos Saturnino), foi a desvalorização do kwanza face ao dólar, que não foi acompanhada pela actualização dos preços dos combustíveis, que a empresa adquire em divisa para cobrir o défice da única refinaria em funcionamento no país.

Os custos de refinação de combustível no país, de acordo com o gestor, estão muito aquém dos preços praticados no mercado. A título de exemplo, disse, a empresa comercializa o Jet A1, que é produzido a um custo mínimo de 0,51 kwanzas, por 0,36 kwanzas.

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