A Sonangol está a concluir a venda do seu edifício na Avenida da República, local para onde chegou a estar projetada a sua sede.
“Confirmo que o processo de venda do imóvel situ na Avenida República/Rua das Picoas está em fase de conclusão através de uma medidora imobiliária”, disse ao Jornal Económico Mário Pizarro, da Puaça, empresa detida pela petrolífera angolana.
Em relação ao preço e o seu comprador, o responsável disse que “ainda não é possível nesta fase” avançar mais detalhes.
Este edifício conta com uma área de 13.800 metros quadrados acima do solo e 14.000 metros quadrados abaixo do solo e fica localizada na Avenida da República, nº 5 a 7.
Em entrevista dada à Reuters a 2 de dezembro, o presidente executivo da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, disse que a empresa está em vias de vender este edifício em Lisboa.
A Sonangol comprou este edifício em 2009 por 38 milhões de euros à Augusta Sociedade de Construções, noticiou na altura o Negócios. A construção deste imóvel nunca ficou concluída. Depois da compra, a Sonangol arrancou com obras para concluir o projeto e realizou várias alterações, mas os trabalhos foram suspensos há cerca de cinco anos.
Mais tarde, em agosto de 2019, a petrolífera colocou este edifico no mercado e chegou a receber seis propostas, mas perante os valores recebidos, a Sonangol rejeitou as ofertas por não os considerar satisfatórios, avançou o Jornal de Negócios em outubro de 2019.
A companhia pública angolana queria transformar este edifício – com o nome de República Center – na sede dos seus negócios em Portugal. Além da petrolífera, o edifício também iria servir de base a empresas angolanas a operarem em Portugal, com ligações à Sonangol.
Numa estimativa feita para o JE em agosto de 2019, a consultora imobiliária Prime Yield apontou que o edifício poderia valer 60 milhões de euros, se estivesse concluído.
Em agosto de 2019, a petrolífera também colocou à venda o Convento de Brancanes em Setúbal, com uma área total de 45.080 metros quadrados.
Sobre este imóvel, Mário Pizarro revela que “ainda não foi vendido, estando o processo de comercialização na fase inicial através de uma mediadora imobiliária”.
Segundo o anúncio publicado em agosto de 2019, esta “propriedade pode vir a permitir uma potencial área de construção de cerca de 20.000 metros quadrados”.
A construção original data do final do século XVII. O imóvel, localizado entre Azeitão e Setúbal, alojou unidades militares e chegou a servir de prisão entre 1998 e 2005. Este antigo convento foi a primeira prisão a ser vendida pelo Estado português.
O negócio ficou fechado em janeiro de 2008, com a Dirani Project III a pagar 3,4 milhões de euros. Segundo o “Público”, a empresa era detida por António Lamego, mas em 2012 foi adquirida pela Puaça.
https://jornaleconomico.pt/noticias/sonangol-procura-comprador-para-edificio-em-lisboa-que-pode-valer-60-milhoes-487030
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