A S&P Global Ratings reafirmou na semana passada a classificação de rating “acima da média” para a Finsolutia, empresa que gere créditos em incumprimento, especializada em crédito hipotecário em Portugal e Espanha.
A perspectiva é estável em todos os rankings, diz a S&P. A agência reafirma que “a empresa tem bons sistemas e processos implementados, estando suportados por uma equipa bastante experiente”.
A Finsolutia, que tem como CEO Nuno Espírito Santo Silva, é uma empresa independente que fornece uma variedade de serviços para apoiar a gestão de ativos, desde a due diligence e avaliação de portfólio até à gestão de empréstimos e de propriedades recuperadas, em Portugal e Espanha.
A classificação da servicer especializada em recuperação de crédito hipotecário na Península Ibérica é justificada pela “equipe de liderança sólida e estável, fortalecida ainda mais pelo recrutamento de colaboradores que apresentaram resultados consistentes face aos seus objetivos”; pelo “longo track record e resultados consistentes com um portfólio crescente”. A S&P diz ainda que “na nossa opinião, a empresa está bem posicionada para atrair novos negócios”.
A S&P sustenta a classificação também “nos fortes controles internos da empresa, baseados no modelo de três linhas de defesa”; no “sólido sistema de tecnologia da informação que suporta um fluxo de trabalho bem automatizado incorporado na sua plataforma de gestão de créditos imobiliários”; e “nos estabilizados fluxos de trabalho de servicer de hipotecas residenciais, que foram melhorando desde a nossa última revisão”.
A S&P classifica a Finsolutia como servicer em Portugal desde 2012 e em Espanha desde 2013. “O nosso ranking refere-se exclusivamente à atividade de servicer de hipotecas residenciais”, diz a agência que admite considerar outras linhas de negócios se houver partilha de sinergias com a área em avaliação.
A agência diz que a Finsolutia apresenta uma plataforma de Tecnologias de Informação robusta.
A S&P realça ainda que a Finsolutia aperfeiçoou as suas medidas de proteção de cibersegurança, incluindo o control da aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), a autenticação multifatorial, o acesso geográfico condicional e atualizações do Microsoft Office, “em consonância com o que observamos para os pares classificados acima da média”.
A Finsolutia atualizou ainda mais o seu sistema de gestão dos processos judiciais de recuperação de imóveis, usado para controlar as atividades e as várias etapas legais ao longo do processo.
A empresa dividiu a tradicional equipe de real estate em duas sub-equipes: Uma que faz a administração das vendas de imóveis e outra que faz a administração do património imobiliário. O objetivo desta divisão é promover a especialização e criar uma distinção clara entre atividades de vendas e as atividades de gestão de propriedades.
A empresa fundada e liderada por Nuno Espírito Santo Silva, “oferece um conjunto de serviços integrados, nomeadamente capacidade operacional e know how a investidores institucionais e bancos em transações de créditos performing e non-performing, promovendo maior transparência e fluxo da informação, estabelecendo novos padrões, com objectivo de mitigar perdas e aumentar retornos de investimento”, pode ler-se num comunicado antigo da empresa.
Recorde-se que no ano passado o Novo Banco fechou a venda da carteira “Sertorius”, composta por imóveis no valor de 400 milhões de euros, à Cerberus e Finsolutia.
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