O spread do crédito à habitação concedido a particulares está em mínimos de 10 anos. O valor médio passou de 2,39 em agosto de 2009 para 1,04 em agosto de 2019, um recuou de 56%, avança o Doutor Finanças, citando dados do Banco de Portugal. Olhando para agosto de 2011, em plena crise financeira, o spread atingia os 4,5. Desde então, o spread recuou 75%.
Esta descida relevante significa que este é o momento ideal para os consumidores com créditos à habitação reavaliarem a sua situação financeira, especialmente se pediram empréstimo desde 2011, período em que o spread estava mais elevado.
“Hoje em dia, o dinheiro está mais barato. A Euribor encontra-se negativa, fazendo com que, com muita probabilidade, os encargos totais que pagamos atualmente (relativos a um crédito habitação realizado há alguns anos) sejam superiores ao que pagaríamos se contraíssemos o crédito hoje”, diz Rui Barrada, presidente executivo da empresa especialista em finanças pessoais e familiares.
“Deste modo, pode fazer todo o sentido analisar as opções disponíveis no mercado e com isso melhorar os encargos que temos atualmente com o crédito ou com os seguros que lhe estão associados. De facto, a mudança que a economia portuguesa sofreu, pode muito bem justificar a procura de novas condições para a nossa situação em concreto, traduzindo-se na poupança de muitas centenas de milhares de euros”, sublinha o responsável.
O Doutor Finanças destaca os principais aspetos que os consumidores devem analisar antes de avançarem para a transferência ou renegociação do seu crédito à habitação.
Reler o contrato atual
É necessário verificar a penalização e os custos associados à transferência de um crédito habitação e garantir ainda que o tempo mínimo que está descrito no contrato corrente já foi cumprido.
Enquadramento económico
Verificar se as condições que o mercado oferece na atualidade são, de facto melhores do que as praticadas no momento em que o crédito foi realizado. Contudo, hoje em dia, o “dinheiro está mais barato” e os spreads encontram-se em valores perto de 1%, logo os bancos estão a conceder crédito com melhores condições atuais para o cliente.
Verificar a taxa de spread atual (no contrato) vs. a taxa de spread praticada no mercado
Cada caso é um caso, mas para quem tem uma taxa de spread elevada (por exemplo acima de 1,7%) transferir o crédito habitação pode ser muito compensatório, uma vez que já encontramos no mercado spreads na casa de 1%. A transferência vai permitir poupar milhares de euros no final do contrato.
Seguros associados ao crédito habitação
Não é obrigatório ter estes seguros no banco onde possui o seu crédito habitação.
Mesmo que agrave o seu spread atual, o que vai poupar em seguros poderá compensar esse agravamento.
Produtos associados ao crédito habitação
Existem produtos associados ao crédito habitação que, embora permitam uma bonificação no spread, encarecem muito o crédito, como é o caso dos cartões de crédito, despesas de manutenção ou contas-poupança. É importante analisar o seu custo.
Custos associados à transferência do crédito habitação
Para transferir o crédito habitação é necessário pagar uma comissão por reembolso antecipado. O valor varia tendo em conta uma taxa variável (0.5%) ou em taxa fixa (2%).
Avaliação das condições pessoais e profissionais atuais
No caso de transferência, e como essa questão envolve o facto de ser um cliente novo para o banco, é necessário passar por uma nova avaliação das condições pessoais e profissionais atuais, onde a sua taxa de esforço será tida em conta.
A valorização/desvalorização do imóvel
Na transferência do crédito, tal como na aquisição, é feita uma nova avaliação do imóvel. Esta avaliação vai acompanhar o mercado atual. No contexto atual, a probabilidade é que o imóvel seja valorizado.
De qualquer forma e para fazer esta análise de uma forma rápida e segura, o Doutor Finanças disponibiliza gratuitamente os seus serviços no sentido de encontrar a melhor alternativa para cada caso em específico.
Para mais informações consulte o Doutor Finanças
Notícia corrigida às 14h35: O valor do spread do crédito à habitação desceu 75% desde 2011, e não 300% como indicava anteriormente.
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